O ato convocado por Jair Bolsonaro para o próximo dia 25, na Avenida Paulista, tem reunido dezenas de nomes de peso, entre eles deputados, senadores e mandatários como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Uma participante, no entanto, deverá ser a “estrela” do evento — logo depois, é claro, do ex-presidente. Trata-se da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Mais reclusa desde que deixou o posto, a atual presidente do PL Mulher está confirmada no caminhão de som que estará estacionado na Paulista, diz a VEJA Silas Malafaia, patrocinador do ato e aliado de primeira hora de Bolsonaro. Segundo lideranças do partido, a popularidade da ex-primeira-dama, que tem forte interlocução com o público evangélico e feminino, deverá ser explorada no ato. Um dos principais planos da sigla para este ano é que Michelle atue ativamente na consolidação de candidaturas femininas, a prefeituras e a câmaras municipais, Brasil a dentro.
“Ela está bombando, todo mundo quer gravar com a Michelle. A figura dela é muito importante, e essa eleição é uma eleição para as mulheres. A gente vê que as mulheres estão mais participativas e as pessoas estão vendo que as mulheres são boas para administrar”, afirmou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em entrevista recente a VEJA.
Apesar das agendas, reuniões e viagens frequentes como dirigente, têm sido raras as aparições de Michelle, que mora em Brasília, ao lado de Bolsonaro, que desde o início do ano se divide entre a Vila de Mambucaba, em Angra dos Reis, e a capital federal. O resgate do “casal Bolsonaro”, portanto, é tido como uma arma importante da estratégia de alavancar a figura de Bolsonaro.
Convocação
No vídeo em que divulga o ato da Paulista, o ex-presidente deixa claro que pretende reunir eleitores para, “mais do que discursos”, fazer uma “fotografia” do apoio que ainda arregimenta mais de um ano depois de deixar o comando do Palácio do Planalto. Dezenas de deputados bolsonaristas divulgam a manifestação pelas redes sociais e falam em reunir mais de 500.000 pessoas.
Marcado para começar às 15h, o protesto, segundo o ex-presidente, será pacífico e em defesa do estado democrático de direito. De forma a evitar mais complicações jurídicas, ele pediu que os presentes não levem consigo faixas ou cartazes contra autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.