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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A paz anunciada entre Tarcísio e Eduardo após ‘dura’ de Bolsonaro

Depois de atacar a atuação do governador de SP na guerra tarifária iniciada por Trump, deputado diz que teve conversa de alinhamento com o aliado

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Heitor Mazzoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jul 2025, 19h20 - Publicado em 16 jul 2025, 17h40

Depois de fazer ataques a Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) recuou e afirmou que “fez as pazes” com o governador de São Paulo. Na última terça-feira, 15, Eduardo foi às redes para criticar a atuação de Tarcísio em relação ao comportamento dele na questão envolvendo o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. (Leia abaixo)

“Tive uma boa e longa conversa agora com o governador Tarcísio, intermediada pelo Paulo Figueiredo (jornalista que vive nos Estados Unidos e apoia o bolsonarismo). De lado a lado, foram expostos pontos de vista e a conclusão de que ambos atuam na melhor das intenções do interesse dos brasileiros”, publicou o deputado. “Visões de mundo diferentes são normais e saudáveis, bem como esta comunicação direta. Vamos adiante debater o que interessa”, prosseguiu o filho Zero Três de Jair Bolsonaro no X (antigo Twitter).

Em uma sinalização de ter aceitado o armistício, o governador de São Paulo retuitou a publicação.

Também nesta quinta, 16, Eduardo participou de live ao lado de Paulo Figueiredo e comentou o aceno feito na direção de Tarcísio. “A gente pode ajudar com a interlocução aqui dos Estados Unidos, e o governador Tarcísio, é inegável que ele tem um excelente relacionamento com o empresariado, gente do capital financeiro, lá em São Paulo também. E isso faz parte da equação do problema que a gente tá tentando resolver”, ponderou.

O deputado também afirmou não ser inimigo “visceral” de Tarcísio e defendeu que o bolsonarismo, do qual ambos fazem parte, deve convergir para o combate de inimigos, estes sim, “verdadeiros”, em comum.

“O nosso inimigo comum está do lado de lá, do lado da esquerda, do lado do Moraes. E esse daí é o que tem que ser combatido pra gente ter o Brasil que a gente quer, resgatar a normalidade”, declarou.

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‘Dura’ de Bolsonaro

A mudança no tom deputado se deu menos de um dia após Bolsonaro afirmar ter tido uma conversa séria tanto com o filho quanto com o governador de São Paulo.

“Hoje foi botada uma pedra em cima. Conversei com Eduardo e conversei com o Tarcísio. E está tudo pacificado. Tarcísio continua sendo meu irmão mais novo e vamos em frente. Não podemos dividir. O Tarcísio é um tremendo de um gestor (…) nada de crítica para ele. Se tiver, é por telefone pessoal”, disse o ex-presidente durante entrevista ao portal Poder 360 na terça-feira, 15.

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Anistia e sanções

Durante a live feita nesta quinta, 16, Eduardo Bolsonaro comentou o impacto do anúncio das tarifas americanas ao Brasil e defendeu que as sanções devem ser dribladas por meio da aprovação da anistia a Bolsonaro e aos demais envolvidos no 8 de Janeiro. O principal argumento usado por Trump para aplicar alíquotas de 50% foi o que o republicano classificou como “caça às bruxas” que o Judiciário brasileiro tem feito contra Jair Bolsonaro. Como consequência, boa parte da represália em relação às tarifas tem recaído sobre Eduardo, que tem atuado junto ao governo americano para denunciar os supostos abusos contra o pai.

“O que nós estamos fazendo aqui, a gente sabe que existem sacrifícios a serem feitos. Sabemos que existem efeitos colaterais, e não é desejável que o Brasil sofra com tarifas grandiosas, as maiores do mundo aplicadas pelo Trump recentemente”, disse. “Mas a diferença do Brasil pro resto do mundo, é que o resto do mundo está sentando numa mesa para negociar economia, e o Brasil tem um conteúdo do Judiciário do Alexandre de Moraes. Aos interessados em resolver o problema, a pauta número um de vocês é a anistia ampla, geral e irrestrita. Porque é o único caminho para se abrir uma mesa de negociação”, defendeu.

‘Subserviência servil’

Na terça-feira, 15, a tensão entre os dois subiu depois que Eduardo mandou, também pelas, redes, um duro recado a Tarcísio de Freitas, afirmando que o governador age com “subserviência servil” junto ao empresariado brasileiro ao tentar ser protagonista da resolução da crise gerada com o anúncio de tarifas por Trump.

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Sem aval do clã bolsonarista, Tarcísio tomou a frente da direita brasileira para tentar reverter a crise, e marcou uma reunião, em São Paulo, entre empresários e o encarregado de Negócios do governo de Donald Trump, Gabriel Escobar.

“Prezado governador Tarcísio de Freitas, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda”, disparou o deputado.

Eduardo x Tarcísio

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos para articular sanções aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente Alexandre de Moraes, relator da ação penal em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.

Anteriormente, Tarcísio recuou de apoiar o tarifaço imposto por Trump, que vale a partir de 1º de agosto, por São Paulo ser o Estado mais atingido pela medida. Opositores ao governador na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) listaram os setores mais atingidos pela tarifa imposta por Trump, com destaque para setores como suco de laranja, café industrializado, produtos químicos e farmacêuticos, máquinas e autopeças, carne e proteína animal.

O chefe do Poder Executivo paulista, então, agiu para tentar negociar com o governo americano, por meio de contato na Embaixada daquele país em território brasileiro.O ex-presidente Bolsonaro cobra anistia — que o beneficia — como uma espécie de moeda de troca para revogação do tarifaço do presidente do EUA. Bolsonaristas mais alinhados com o capitão da reserva tentam colocar a culpa pela medida no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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