A principal dúvida sobre as ações da PM de Tarcísio no litoral de SP
Operações desencadeadas após assassinato de policial resultaram na morte de dezesseis pessoas
As ações policiais na Baixada Santista que ocorrem há dez dias e que resultaram na morte de dezesseis pessoas não foram totalmente filmadas pelas câmeras corporais instaladas nos uniformes dos agentes de segurança, sob comando do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Do total de óbitos, seis deles não foram registrados, pois os respectivos batalhões não são dotados com os equipamentos. “Não dispomos de câmeras em todo o efetivo da polícia por questões orçamentárias. Isso é uma política pública que passa por avaliações, mas é prioridade do governo”, disse o coronel da PM Paulo Luis de Souza Lopes, em entrevista coletiva.
Nos casos em que as imagens foram disponibilizadas para a Corregedoria da PM e para o Ministério Público, a Secretaria da Segurança Pública afirma não ter constatado excessos de sua polícia nas operações, ao contrário do que relatam moradores das áreas alvo das blitze.
Na segunda-feira, 7, o MP denunciou três pessoas pelo homicídio do policial da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, ocorrido na semana retrasada. O crime foi o principal motivo para que a gestão estadual iniciasse a operação que permanece até o momento no litoral. Ao todo, são 600 policiais mobilizados por dia. Até o momento, foram presas 181 pessoas e apreendidos 500 quilos de entorpecentes, 22 armas e diversas munições.