Adolescente é apreendido pelo espancamento e morte de menina de 10 anos
Suspeito não teve idade divulgada pela polícia e irá responder por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal seguida de morte
Um adolescente foi apreendido em Nazaré, na zona rural do município de Floresta, no sertão de Pernambuco, pelas agressões que cometeu contra uma menina de dez anos, levando-a à morte no último domingo, 7.
Ele vai ficar internado provisoriamente em uma instituição que oferece medidas socioeducativas após as autoridades considerarem que ele cometeu um ato infracional análogo ao crime de lesão corporal seguida de morte. A idade do adolescente não foi divulgada pela polícia. Após a apreensão, foram feitas comunicações legais e exame traumatológico.
Ele foi responsabilizado pelo espancamento de Alícia Valentina dentro da Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, também no sertão do estado, no dia 4 de setembro. Durante a violência, ela teria sido empurrada, caído e batido com a cabeça no chão.
Funcionários da escola socorreram a menina, que estava com o nariz sangrando, e a levaram a uma unidade hospitalar do município. Ela teria recebido atendimento e sido liberada em seguida.
No entanto, já em casa, voltou a ter sangramentos, mas pelo ouvido, e a família a levou novamente para o mesmo hospital. Mais uma vez, a menina foi atendida e liberada.
Ao retornar para casa, Alícia passou a vomitar sangue. Quando os familiares a levaram para a unidade de saúde pela terceira vez, os médicos detectaram a gravidade do estado, e ela foi transferida com urgência para o hospital regional de Salgueiro, a uma hora de Belém do São Francisco.
Também por causa da gravidade, ela foi transferida mais uma vez para o Hospital da Restauração, referência em traumatologia no Recife, capital pernambucana. A distância entre as duas cidades é de mais de 511 quilômetros, e o percurso costuma demorar mais de sete horas.
Segundo relatos, a menina já teria chegado na unidade em um estado muito crítico. Alícia não chegou a sair mais do hospital, já que teve morte cerebral por causa dos ferimentos que sofreu.
O inquérito policial continua aberto para tentar elucidar melhor todos os fatos ligados ao caso, as motivações da agressão, a causa da morte e se houve irresponsabilidade ou descomprometimento da equipe médica que a liberou duas vezes antes de perceber a gravidade do estado de saúde da menina.







