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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Ala do MDB entra na Justiça para impedir a candidatura de Simone Tebet

Delegado do partido ligado a Renan Calheiros pede que o TSE suspenda convenção virtual prevista para quarta-feira, alegando desrespeito ao sigilo de voto

Por Da Redação Atualizado em 25 jul 2022, 20h35 - Publicado em 25 jul 2022, 18h34

A ala do MDB que faz oposição à candidatura de Simone Tebet à Presidência da República formalizou nesta segunda-feira, 25, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de suspensão da convocação da convenção nacional da sigla, marcada para quarta-feira 27, que iria discutir e votar a indicação do nome da senadora.

O pedido foi apresentado pelo prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley Caju, político filiado ao MDB de Alagoas, que é controlado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos principais opositores à candidatura de Tebet e defensor do apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Renan e um grupo de caciques do MDB que representam ao menos onze estados já tentaram politicamente fazer o partido desistir da candidatura, mas esbarram na oposição do presidente nacional da legenda, Baleia Rossi, e na resistência do ex-presidente Michel Temer em embarcar na candidatura de Lula. Além disso, há uma ala do partido que é simpática ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

No pedido feito ao TSE, Hugo Wanderley Caju, que foi eleito delegado pelo estado para a convenção, afirma que a forma como a convenção será realizada, de forma virtual, por meio da plataforma Zoom, não garante o sigilo de voto dos delegados, o que desrespeita o estatuto do MDB.

“Ocorre que a plataforma digital eleita no caso concreto (“ZOOM”) não é capaz de garantir o sigilo exigido em deliberações dessa natureza, o que acaba colocando em risco a legitimidade das escolhas a serem realizadas por meio da aludida Convenção Nacional”, afirma em trecho da ação.

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E completa: “A ausência de sigilo nas votações representa grave risco de escolha antidemocrática entre filiados, haja vista a possibilidade de culminar no afastamento de pré-candidatos que desejariam disputar o pleito, no direcionamento dos votos e opiniões de filiados e, ainda, no receio quanto a possíveis represálias da cúpula partidária”.

Na ação, o emedebista pede liminar para suspender imediatamente o encontro do MDB — em razão desse pedido, o TSE tem de decidir antes do início da convenção.

 

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