O vice-presidente Geraldo Alckmin, o ex-presidente da República, Michel Temer e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, são algumas das autoridades “de peso”, que compõem a mesa do auditório Queiroz Filho para a homenagem recebida por Alexandre de Moraes, no Ministério Público de São Paulo. O magistrado passa por um bombardeio em várias frentes. Nas redes sociais, recebe ofensas do homem mais rico do mundo, Elon Musk. No Senado, é alvo de pedidos de impeachment e, nas ruas, deve ser o principal alvo dos atos bolsonaristas em 7 de setembro. A relevância dos convidados reforçam, ao menos em público, o apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal.
Um dos integrantes da mesa que oferece o Colar do Mérito do Ministério Público é especialmente expressiva para o momento: o chefe do Senado, Rodrigo Pacheco, é responsável por dar andamento a um eventual novo pedido de impeachment contra o ministro – ao menos, quarenta solicitações de impedimento já foram protocoladas na Casa. “A presença extraordinária é reveladora do apreço que todos temos pelo Ministério Público e pelo homenageado”, disse Pacheco em seu pronunciamento, ao lado do seu antecessor e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre.
Além do próprio homenageado, os ministros Cristiano Zanin e Dias Toffoli representam a Suprema Corte na solenidade. O ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Antonio Torres Garcia, o chefe do Ministério Público paulista, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa e seu antecessor, Mário Sarrubbo, também foram à homenagem.
Ex-colega de Moraes no MPSP, Sarrubbo mencionou os “tempos estranhos” em que “interpretações absolutamente distorcidas” da Constituição pedem a “intervenção militar, anulação do resultado das eleições, fim das urnas e o fechamento do STF”.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que “a caneta de Alexandre de Moraes salvou a República brasileira e salvou a democracia”. Na plateia, outros dois ministros de Lula: Luiz Marinho, do Trabalho, e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, além do ministro do STJ Luis Filipe Salomão, o ex-ministro do TSE Benedito Gonçalves e o secretário de Relações Institucionais do Estado de São Paulo Gilberto Kassab. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Antonio Torres Garcia, também estava na mesa que condecorou Alexandre de Moraes.