Aliado diz que Tarcísio acerta em não atacar Moraes: ‘Não é burro’

Enquanto uma ala radical de bolsonaristas cobra do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), uma postura mais dura contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um deputado estadual de São Paulo diz que o chefe do Poder Executivo estadual acerta em não subir o tom.

“Para que xingar o Alexandre de Moraes? Para ficar inelegível? Só se for burro, ele não é burro, é inteligente”, disse o deputado estadual Conte Lopes (PL), na última semana durante sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Lopes, ex-integrante da Ronda Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), da Polícia Militar de São Paulo, está na política desde a década de 1980.

Lopes disse que é muito cedo para falar de candidatos ao governo de São Paulo ou Presidência da República. Na manifestação do último domingo, 29, Tarcísio fez duras críticas ao PT, partido de Luiz Inácio Lula da Silva, que vê o ex-ministro de Jair Bolsonaro como principal adversário do petismo para o pleito do ano que vem. Único governador a discursar na Avenida Paulista na manifestação pró-anistia, Tarcísio fez críticas ao governo petista.

“O Brasil não aguenta mais a desfaçatez, o gasto desenfreado. O Brasil não aguenta mais a corrupção, não aguenta mais um governo gastador, os juros altos. Quem paga essa conta são vocês. O Brasil não aguenta mais aumento de impostos, não aguenta mais o PT”, disse o potencial candidato de oposição. Criticado por esquerdistas pela fala, coube a Conte Lopes sair em defesa.  “Vi alguns deputados criticando a colocação do Tarcísio por dizer ‘fora, PT’. O que ele vai falar? ‘Venha, PT? Na política é isso, favorável aos nossos e contrário aos outros. Então os outros é fora mesmo”, disse o deputado.

Sobre Tarcísio ser candidato ao Palácio do Planalto, Conte afirmou que o governador “está esperando os acontecimentos”. “É um grande candidato a presidente da República? Provavelmente sim. Tanto que tem gente do nosso lado que a acha que eleição se ganha de hoje para daqui dois anos. Não é assim, eleição se ganha no dia”, disse.

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