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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Assassina do menino Bernardo é encontrada morta na prisão em Porto Alegre

Edelvânia Wirganovicz era uma das quatro pessoas condenadas por homicídio e ocultação do corpo do garoto de 11 anos, em 2014

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 abr 2025, 13h15

Edelvânia Wirganovicz, de 51 anos, foi encontrada morta em sua cela na prisão em Porto Alegre na tarde da última terça-feira, 22. Ela era uma das quatro pessoas condenadas pela morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, em abril de 2014. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga a hipótese de suicídio.

Em 2019, Edelvânia foi condenada a 22 anos e dez meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, inicialmente em regime fechado, e conseguiu a progressão ao semiaberto em 2022. Ela cumpria pena no Instituto Penal Feminino, na capital gaúcha.

Edelvânia era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, condenada a 34 anos e sete meses de prisão pelo crime, e foi a responsável por cavar uma cova para esconder o corpo em Frederico Westphalen, cidade gaúcha vizinha de Três Passos, onde o garoto foi morto em 4 de abril de 2014 — cerca de uma semana depois, ela confessou e informou onde o cadáver estava localizado. No último dia 4, o chocante homicídio completou onze anos.

Os outros condenados pelo assassinato são o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, e o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, sentenciados a nove anos e seis meses e a 33 anos e oito meses de prisão, respectivamente. Todos os réus cumprem pena, atualmente, em regime semiaberto.

Relembre o caso

Aos onze anos de idade, Bernardo Uglione Boldrini desapareceu no dia 4 de abril de 2014 em Três Passos, município do Noroeste gaúcho a cerca de 400 quilômetros de distância de Porto Alegre onde vivia com o pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, além de uma irmã de um ano de vida.

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Segundo a polícia, a família registrou o desaparecimento de Bernardo após ele, supostamente, ter saído de casa às 18h daquele dia para ir à casa de um amigo. À época, Leandro Boldrini chegou a dar depoimento a uma rádio local descrevendo as características físicas do filho e pedindo ajuda para encontrá-lo.

Dez dias depois, em 14 de abril, o corpo de Bernardo foi encontrado enterrado em uma área de matagal em Frederico Westphalen, a 81 quilômetros de Três Passos. O laudo pericial revelou que o garoto foi assassinado com uma overdose de midazolam, sedativo utilizado em cirurgias e no tratamento de insônia, resultando em parada cardiorrespiratória. Os quatro autores foram presos, sendo condenados por júri popular em 2019.

Durante o julgamento, testemunhas relataram que Bernardo vivia em situação de negligência e abuso familiar por Leandro e Graciele. Segundo os depoimentos, o garoto era proibido de assistir à televisão, nadar na piscina de casa e até de fazer refeições com a madrasta — apesar da ótima condição financeira do pai, os relatos são de que ele passava fome e frequentemente almoçava na casa de amigos.

Bernardo Boldrini foi enterrado na cidade gaúcha de Santa Maria no mesmo túmulo que a mãe, Odilaine Uglione, que cometeu suicídio com um tiro de arma de fogo no consultório de Leandro, em 2010. Após o assassinato do garoto, a investigação sobre a morte de Odilaine foi reaberta pela Justiça, mas o caso voltou a ser arquivado em 2022 por falta de novos elementos que indicassem homicídio.

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