O governo Luiz Inácio Lula da Silva corre contra o tempo para lançar o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) até o final de junho. A apresentação do megapacote de obras, que deverá ser uma das principais vitrines da nova gestão, estava prevista inicialmente para abril — no marco de 100 dias do governo –, foi adiada para maio e, agora, segue um novo cronograma.
De acordo com a Casa Civil, o ministro Rui Costa está conduzindo as reuniões finais com os governadores, que têm apresentado as principais demandas de cada estado em áreas como infraestrutura. Segundo interlocutores, a pasta deverá esperar a aprovação do arcabouço fiscal pelo Senado para só então lançar o novo PAC — o espaço orçamentário para o novo programa é um dos fatores que ainda precisam ser analisados.
Anunciado no início do ano, o novo PAC tem sido referido por Lula e ministros como o “novo plano de investimentos do governo” — a ideia é que o programa ganhe um novo nome, desatrelado da primeira edição lançada em 2007, no primeiro ano do segundo mandato do petista, e responsável por catapultar Dilma Rousseff (PT), então chefe da Casa Civil, à Presidência em 2010.
O novo programa, segundo anunciado por Rui Costa no início do ano, será focado em parcerias público-privadas (PPPs) e na conclusão de milhares de obras paradas pelo país, além da execução de novos projetos. Uma das prioridades é a ampliação e conclusão de obras do Minha Casa Minha Vida — Lula, inclusive, já chegou a rodar estados fazendo entregas das unidades habitacionais. Do lado dos estados, os pedidos englobam áreas que vão desde infraestrutura, com projetos de rodovias, portos e aeroportos, até saúde e educação. O governo federal, por sua vez, deverá definir quais projetos serão feitos em cada modalidade de financiamento — investimento público direto, concessão ou PPP.