Assim que a operação deflagrada nesta quinta, 8, pela Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e assessores virou notícia, aliados próximos foram às redes sociais para marcar posição e demonstrar indignação à autorização, pelo ministro Alexandre de Moraes, de 33 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão. Para a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos-DF), a iniciativa gera indignação, mas não surpresa. “Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país”, escreveu Damares.
Filiado ao PL, partido de Valdemar Costa Neto, um dos alvos desta quinta, o senador Carlos Portinho (RJ), próximo à família Bolsonaro, disse que a operação da PF “acua, persegue, silencia e aplaca a oposição no Brasil” e acusou a força-tarefa de querer “exterminar politicamente” os adversários do atual governo. O parlamentar chamou a gestão petista de “regime”.
https://twitter.com/carlosfportinho/status/1755558347615465581
Representante da ala mais ideológica e destrambelhada do bolsonarismo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), também investigada pelo STF, vinculou a operação desta quinta com a manifestação feita por correligionários na frente da sede da Polícia Federal na quarta, 7, a pedido do ex-presidente. O ato, convocado pelo próprio ex-presidente mesmo depois do depoimento dele ser cancelado, foi chamado de “linda demonstração de apoio popular” pela deputada.
https://twitter.com/Zambelli2210/status/1755570405618643201
Um dos expoentes da bancada evangélica mais próxima ao ex-presidente, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-AL), tratou o caso como “perseguição” contra a oposição. “Tudo isso para tentar fundamentar um golpe que nunca existiu! Muita injustiça sendo praticada para continuar escrevendo uma estória inexistente. Minha solidariedade a todos os injustiçados!”, escreveu.