Nesta sexta-feira, 15, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro por declarações recentes sobre sua derrota nas eleições de 2022. Segundo o petista, o rival não entregou obras públicas à população durante o seu mandato e se frustrou por ter investido 300 bilhões de reais na sua campanha à reeleição.
“O Bolsonaro, não queria falar o nome dele, mas é negacionista. Até hoje ele não reconhece a derrota dele. Outro dia ele falou ‘não sei como perdi’, ele gastou quase 300 bilhões de reais e achava que não ia perder, e perdeu”, afirmou Lula. A declaração ocorreu durante evento realizado em Porto Alegre, no qual foram apresentados investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado.
Ao lado do presidente, estavam no palanque o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e um grupo de ministros do governo federal.
‘Governadores comeram o pão que o diabo amassou’
Lula aproveitou sua fala para dirigir uma série de outras críticas ao ex-presidente. O petista afirmou que existe “um tipo de político que quando não faz nada, inventa briga, mente, provoca e monta uma fábrica de fake news para não ter que se justificar por cobrança de nenhuma obra”.
O presidente ainda destacou a “incapacidade do governo passado” e a má relação de Bolsonaro com os governos estaduais. “Quando não tem o que mostrar, todo dia você arruma briga com os governadores. Você viveu isso, governador [Eduardo Leite], Rui Costa viveu isso, Camilo [Santana], Waldez [Goés].. Quem foi governador comeu o pão que o diabo amassou”, declarou Lula.
Dívidas estaduais
Durante seu breve discurso, o governador Eduardo Leite agradeceu a Lula e aos ministros presentes por uma série de iniciativas destinadas à população gaúcha, mas pediu urgência nas discussões sobre a renegociação da dívida estadual. O governador aproveitou a ocasião, ainda, para solicitar mais apoio do Ministério da Saúde no combate à dengue no Rio Grande do Sul.
Em resposta, Lula disse ao governador que o problema da dívida é antigo, citou queixas de ex-chefes do Executivo gaúcho e se comprometeu a acelerar o processo de renegociação. “Eu ouvi Pedro Simon reclamar da dívida, ouvi Jair Soares, ouvi Olívio Dutra (todos ex-governadores do Rio Grande do Sul) … Então, governador, não será nenhum favor, será obrigação do governo federal e tentar encontrar uma solução”, declarou.