O presidente Jair Bolsonaro disse, em conserva com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta quinta-feira, 6, que tem “dois partidos em vista” para as próximas eleições, em 2022. Segundo ele, o Aliança pelo Brasil, legenda que ele vinha tentando criar para abrigar o bolsonarismo, “dificilmente vai se formar este ano”.
Bolsonaro citou o PSL, a sua antiga legenda, mas não afirmou se esse era um dos dois partidos considerados por ele. No dia 29 de abril, o site de VEJA revelou os bastidores de uma reunião do presidente com os herdeiros de Levy Fidelix, morto em abril, para negociar a sua ida ao PRTB, que hoje tem como principal estrela o vice-presidente Hamilton Mourão.
Bolsonaro disse que pretendia acertar até março a sua nova sigla, o que não ocorreu. Ele afirmou que deseja resolver o assunto “o mais rápido possível”. “Por mim, seria ontem, mas tem que ir numa boa”, disse.
Um dos entraves para Bolsonaro definir a nova sigla é a exigência que ele tem feito para assumir o controle total do partido, o que esbarra na influência que certos caciques possuem em algumas legendas e da qual não pretendem abrir mão.
O presidente venceu a eleição de 2018 pelo PSL, partido no qual se encontra grande parte da sua base ideológica, mas deixou a sigla após atritos com a ala ligada ao presidente, Luciano Bivar, no final de 2019. “O PSL foi em cima da hora (a escolha para se filiar para a disputa de 2018). Tem bons deputados que foram eleitos, outros nem tanto”, disse.
Além do PRTB, o capitão está conversando com PSC (Partido Social Cristão), Brasil 35 (o antigo PMB), DC (Democracia Cristã), Patriota e PL (Partido Liberal), para onde suas chances de migrar são as menores.