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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Bolsonaro mapeia interesses por cargos e fará corpo a corpo com senadores

Após negociar apoio com partidos do Centrão na Câmara, o presidente abrirá conversas individuais com os senadores para ter governabilidade nas duas Casas

Por Edoardo Ghirotto
Atualizado em 7 Maio 2020, 13h35 - Publicado em 7 Maio 2020, 12h51
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  • O presidente Jair Bolsonaro definiu nos últimos dias a estratégia para formar uma base de apoio no Senado. Após chamar os partidos que compõe o Centrão para negociar cargos em troca de governabilidade na Câmara dos Deputados, Bolsonaro pediu ao líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), para mapear os interesses de cada senador na administração federal antes de serem abertas negociações individuais com os políticos.

    Gomes tem dito a interlocutores que sua missão é construir uma “base perene” no Senado. Por isso, para não depender da volatilidade das bancadas de partidos, o líder do governo tentará obter o respaldo dos senadores em conversas particulares, em que cargos do segundo e do terceiro escalão da administração serão oferecidos em troca de apoio. Os ministros da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, general Walter Braga Netto, participam da iniciativa.

    Foi Gomes quem articulou a ida do filho Zero Um, Flávio Bolsonaro, ao Republicanos, partido do Centrão presidido pelo pastor licenciado e deputado Marcos Pereira (SP). No Senado, ele já tem um primeiro imbróglio para resolver. O líder do MDB na Casa, Eduardo Braga (AM), disse que o partido tem interesse em assumir o controle da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). O governo, porém, já havia prometido que deixaria o órgão nas mãos do DEM, que também não quer largar o osso.

    Com certo atraso, Bolsonaro começou a distribuir nesta semana os cargos que havia prometido ao Centrão. Por indicação do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), o comando do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) foi entregue na quarta-feira, 6, a Fernando Marcondes de Araújo, que é filiado ao Avante. Nesta manhã, o presidente assinou a nomeação de Tiago Pontes Queiroz para a Secretaria Nacional de Mobilidade, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Queiroz é um aliado do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, que também é do Progressistas.

    O presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), espera que seu ex-chefe de gabinete Marcelo Lopes da Ponte assuma a chefia do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem orçamento superior a 50 bilhões de reais previsto para este ano. Por ora, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reluta em aceitar a nomeação.

    Acuado em meio à crise política, Bolsonaro teve de recorrer ao velho “toma-lá-dá-cá” para costurar uma coalizão nos moldes tradicionais. O movimento é eticamente questionável, sobretudo para alguém que jurou que não recorreria a esse tipo de expediente. Do ponto de vista prático, porém, faz todo o sentido: pode garantir governabilidade e, de quebra, um colchão de apoio contra o fantasma do impeachment.

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