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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Boulos dá largada eleitoral com avaliação de Lula em baixa em São Paulo

Com a presença do seu principal padrinho eleitoral, o candidato do PSOL faz hoje convenção para ratificar a chapa com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT)

Por Da Redação 20 jul 2024, 13h25

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lança neste sábado, 20, a sua candidatura a prefeito de São Paulo em convenção no Expo Center Norte, na capital paulista, que vai ratificar a chapa com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como candidata a vice.

O encontro acontece logo no primeiro dia permitido pela legislação eleitoral – o prazo vai até 5 de agosto – e pretende ser um evento de peso, com mais de 10 mil pessoas, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula e sete ministros do governo do petista.

O presidente é o principal cabo eleitoral de Boulos, que nunca venceu uma eleição para o Executivo, embora tenha chegado ao segundo turno em São Paulo contra Bruno Covas (PSDB). Um dos deputados federais mais votados do estado em 2022, Boulos abriu mão de sua candidatura ao governo naquele ano para apostar na aliança com Lula e o PT em 2024.

Embora o petista tenha dado sinais muito claros de que vai se empenhar para eleger Boulos, hoje o seu capital eleitoral está um pouco menor do que estava no início do ano, segundo levantamento feito entre os dias 14 e 17 de julho pelo instituto Paraná Pesquisas na cidade.

De acordo com a pesquisa, o paulistano é bastante dividido em relação ao trabalho feito pelo petista em seu terceiro mandato: 48,7% aprovam a sua gestão e 47,9% a desaprovam, além de 3,4% que não souberam ou não quiseram opinar.

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Em fevereiro deste ano, segundo o mesmo instituto, a taxa de aprovação era de 54,9% — depois, ela oscilou sempre negativamente, para 53,6% em março, 50,5% em maio, 49,0% em junho e agora 48,7%.

Já a taxa de desaprovação fez o movimento inverso: era de 41,9% em fevereiro, passou para 43,6%, depois 45,7%, foi a 46,9% e agora chegou a 47,9%.

A aprovação em queda na maior cidade do país contrasta com o movimento captado no cenário nacional por institutos como Datafolha e Quaest, que nas últimas semanas mostraram que a avaliação de Lula oscilou para cima, inclusive em segmentos onde o petista não costuma ir bem, como o dos evangélicos.

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O evento em São Paulo começa às 14h. Além de Lula e dos ministros, estarão na convenção os três prefeitos que o PT elegeu na capital: Haddad, Marta e Luiza Erundina, que hoje está no PSOL.

Entre os ministros, além de Haddad, estarão presentes Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência).  “É quase a esplanada dos ministérios que vai estar nessa convenção”, brincou Boulos. “A partir de agora acaba o treino e começa o jogo. Vai começar uma nova etapa”, acrescentou.

Tarcísio de Freitas

O levantamento do instituto Paraná Pesquisas mostra que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que apoia o prefeito Ricardo Nunes (MDB), é melhor que a de Lula na capital paulista: ele tem 57,1% de aprovação e 38,7% de reprovação, enquanto 4,1% não souberam ou não avaliar.

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O melhor cabo eleitoral de Nunes, no entanto, talvez seja ele próprio. Segundo o instituto, o prefeito tem a sua gestão aprovada por 60,5% dos paulistanos e reprovada por 35,5% — outros 4,0% não souberam ou não quiseram responder.

Corrida eleitoral

A mesma pesquisa mostrou que Nunes e Boulos estão empatados tecnicamente na disputa paulistana, cenário que vem se mantendo nos últimos meses – leia aqui a matéria completa.

Em um segundo bloco, aparecem o apresentador José Luiz Datena (PSDB), o coach Pablo Marçal (PRTB) e a deputada Tabata Amaral (PSDB) – todos empatados dentro da margem de erro de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em um eventual segundo turno, Ricardo Nunes venceria tanto Boulos quanto Datena. Já o candidato do PSOL levaria a melhor sobre Marçal – leia a matéria completa aqui.

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