Oferta Relâmpago: 4 revistas pelo preço de uma!
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Brasil, EUA ou Reino Unido: onde os presos trabalham mais?

A lei brasileira determina que todo preso condenado é obrigado a exercer atividade laboral durante a prisão, mas índices ainda estão longe da plena ocupação

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 fev 2025, 10h31

A legislação brasileira determina que todo preso condenado é obrigado a trabalhar durante a prisão, seja dentro ou fora da unidade prisional. De acordo com a Lei de Execução Penal, de 1984, a distribuição do trabalho deve ser feita “na medida de aptidões e capacidade” do preso, levando em consideração sua reabilitação e necessidades futuras, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.

Trabalhar durante a prisão também contribui para “acelerar” o tempo de pena cumprido: a cada três dias trabalhados, um dia da pena é abonado.

Mesmo com a obrigatoriedade em lei, apenas 24% dos cerca de 660.000 presidiários no Brasil exercem algum tipo de trabalho. Os dados são do último Relatório de Informações Penais (Relipen), de junho de 2024. O levantamento é feito semestralmente pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, vinculada ao Ministério da Justiça.

Apesar da proporção ainda distante de um quadro de plena ocupação nos presídios, os balanços mostram que o número de detentos ocupados tem aumentado progressivamente nos últimos anos. Há dez anos, em junho de 2014, esse indicador era de apenas 9,18%, também segundo o Relipen. Em 2019, passou para 18,72% até chegar ao atual índice de 24%.

Um projeto de lei ainda em discussão no Congresso tem como um dos objetivos elevar ainda mais o indicador. O PL 352/2024, do senador Alan Rick (União-AC), propõe que o preso apenas tenha direito à progressão de regime — como transição para o semiaberto, por exemplo — mediante a execução de trabalho pelo detento e a indenização de eventuais danos causados pelo crime cometido.

Continua após a publicidade

Outros países

Há exemplos de países cujos índices de população carcerária ocupada são bastante superiores aos do Brasil.

Nos Estados Unidos, cerca de 800.000 dos 1,2 milhão de encarcerados exercem algum tipo de trabalho — ou seja, a taxa é de aproximadamente 66,6%. Os dados são da American Civil Liberties Union (entidade voltada à garantia de Liberdades Civis), e são referentes ao ano de 2022. Deste total, cerca de 80% trabalham dentro dos próprios presídios, em atividades como manutenção, zeladoria e preparo de alimentos. Os outros 20% trabalham para o setor público, como em obras, e para o setor privado, como prestando serviços de call-center e lavanderia em hospitais.

Já no Reino Unido — que abrange Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte –, o índice é ainda maior, chegando a 75%. Uma pesquisa conduzida em julho de 2024 pelo Instituto de Pesquisa sobre Políticas de Crime e Justiça da Universidade de Londres mostrou que 70% dos homens e 75% das mulheres responderam que haviam exercido algum tipo de trabalho em sua respectiva prisão. O levantamento levou em consideração dados do Ministério da Justiça britânico entre 2021 e 2023.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de 9,90/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.