Brasil terá cem novas emissoras sob o guarda-chuva da estatal EBC
Empresa estatal assinou contratos para criação de canais em parceria com universidades federais
O governo federal anunciou nesta terça-feira, 17, a expansão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o conglomerado estatal de comunicação, que terá cem novas emissoras de rádio e televisão sob o seu guarda-chuva.
A estatal assinou acordos de cooperação com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e 31 universidades federais para a operação de 72 novas emissoras. A lista inclui a Universidade Federal Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal São Carlos (UfSCar) e Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), que terão seus próprios canais de televisão sob contrato com a EBC.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), outras treze instituições deverão assinar acordos similares com a estatal em breve, com a intenção de operar em parceria 28 estações de rádio ou TV, totalizando cem.
Os novos acordos quase triplicam o número de emissoras operadas por universidades federais. Além de transmitir seu próprio conteúdo, os canais são obrigados a retransmitir a programação das emissoras públicas da EBC, como a TV Brasil, Rádio Nacional ou Rádio MEC.
O evento reuniu muita gente do primeiro escalão, como os ministros Paulo Pimenta (Secom), Camilo Santana (Educação) e Juscelino Filho (Comunicações).
Como VEJA mostrou, o Planalto tem planos para expandir o alcance da emissora estatal. O passo mais significativo foi dado com o Canal Gov, que entrou no ar em 25 de julho e consolidou o plano de separar a comunicação pública da comunicação de governo. O projeto é inspirado na antiga TV NBR, criada em 1998 para divulgar ações do Executivo e extinta por Bolsonaro. Também há um projeto para a criação de canal internacional para vender uma imagem positiva do país.