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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Briga entre Marina Silva e Heloísa Helena pela Rede vai parar na Justiça

Grupo liderado pela ministra já ajuizou vinte ações para questionar o processo eleitoral interno que terminou com a vitória da ala da ex-senadora

Por Pedro Jordão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 abr 2025, 18h10

O grupo da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no partido Rede Sustentabilidade decidiu promover uma batalha judicial contra a vitória da ala opositora, liderada pela ex-senadora Heloísa Helena, para o comando da legenda. Até o momento, já são vinte ações ajuizadas, sendo quinze estaduais e cinco nacionais — todas em tramitação.

Segundo o grupo apoiado pela ministra, todo o processo eleitoral foi permeado por uma série de falhas e arbitrariedades. Em nota, a ala cita “fraude no colégio eleitoral, filiações em massa, falsidade ideológica, gastos de recursos públicos superiores a 1,5 milhão de reais, sem orçamento específico aprovado pelo diretório nacional, uso indevido da máquina partidária e coação de delegados”.

O texto ainda diz que, em reunião convocada às pressas nas vésperas das festas de final de ano em 2024, o regramento eleitoral interno do partido foi radicalmente alterado pela ala vencedora das eleições. Além disso, que se criou uma comissão eleitoral controlada pelo grupo majoritário e se proibiram novas filiações.

Para o grupo apoiado por Marina Silva, as ações foram tomadas com “o objetivo de impor, de forma ilegítima, a apropriação política e institucional da Rede”. A nota é assinada pela ministra, mas, procurada pela reportagem de VEJA, a equipe dela disse que ela não vai fazer outros comentários sobre o assunto neste momento.

O grupo diz ainda que busca com as ações judiciais a correção das fraudes e abusos praticados nas conferências municipais e estaduais, para que seja resgatada a verdade eleitoral dentro do partido.

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Má-fé

Questionado sobre as ações judiciais, o grupo eleito destacou declarações do presidente da Comissão Eleitoral, Paulo Miranda, que argumenta que os derrotados participaram de todo o processo de aprovação de regras.

“O grupo minoritário participou de todas as etapas de aprovação das regras e da realização do Congresso. Entretanto, passou a questionar o processo apenas após os resultados das conferências estaduais, especialmente diante da derrota de seus representantes em estados onde antes detinham maioria, como Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul, quando ficou evidente que haveria uma acentuada redução em seu percentual de participação na direção nacional.”

Miranda ainda fala que o grupo ligado a Marina Silva demonstra má-fé e tenta “induzir juízes e desembargadores ao erro com argumentações parciais e falaciosas”. Para ele, as movimentações judiciais foram motivadas pela redução do número de votantes, de 40% para 26%, o que “levou à busca por subterfúgios para tentar invalidar o processo”.

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Eleição para comando da Rede

A chapa Rede pela Base, apoiada pela ex-senadora Heloísa Helena, venceu no último final de semana a eleição para o comando da Rede Sustentabilidade, que aconteceu durante o sexto congresso nacional do partido, em Brasília. Encabeçada por Paulo Lamac, a Rede Pela Base, foi eleita com 216 votos (73,5%).

Já a chapa Rede Vive, que tinha Giovani Mockus e Iaraci Dias como candidatos e é apoiada pela ministra Marina Silva, teve 78 votos (26,5%).

Marina X Heloísa

Marina Silva e Heloísa Helena representam linhas diferentes dentro do Rede Sustentabilidade. A começar pela própria defesa do meio ambiente. A ministra é uma sustentabilista — alguém que defende o desenvolvimento equilibrado entre o meio ambiente, a sociedade e a economia. Já Helena é ecossocialista, que associa a preservação ambiental à transformação do sistema econômico.

Além disso, ao contrário de Silva, Helena é uma das maiores opositoras da legenda ao governo Lula, posição que mantém desde 2003 quando foi expulsa do PT por ser contra a reforma da previdência que era proposta na época.

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