O duelo de vídeos entre o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário na eleição municipal, esquentou na primeira semana de campanha do segundo turno, segundo o relatório “Hubs regionais – eleições municipais 2024”, do grupo Democracia em Xeque, que analisou postagens na rede social entre 9 e 15 de outubro.
O principal assunto do duelo entre ambos foi o apagão, seguido pelo debate da Band, no dia 14 de outubro, o primeiro e único até agora do segundo turno. No total, o prefeito fez 66 postagens e conseguiu 1.646.583 visualizações, enquanto seu rival, com mais publicações (73), alcançou 1.519.506. O prefeito também conseguiu mais comentários (10.393 a 6.273) e compartilhamentos (5.231 a 4.774).
Outro sinal de que o desempenho do prefeito foi melhor no TikTok é que ele emplacou três dos cinco vídeos relativos às eleições municipais com mais visualizações. Sempre usando o colete da Defesa Civil, Ricardo Nunes conseguiu de 331.900 a 440.800 views com seus posts (segundo, terceiro e quarto mais vistos na rede social entre as publicações sobre eleição municipal), nos quais critica a concessionária Enel e o governo federal, diz o que a prefeitura está fazendo e elogia o trabalho dos servidores municipais envolvidos na ajuda aos atingidos pelos temporais.
Já Boulos conseguiu pouco mais de 300 mil visualizações com publicação sobre o debate da Band, com um corte no qual sugere que o prefeito está envolvido com corrupção e que aparente estar nervoso com o questionamento. Nos demais posts, o candidato do PSOL investiu nas consequências da tempestade, também criticou a Enel por incompetência e irresponsabilidade e acusou o prefeito de ser fraco e omisso e de não ter cuidado da poda de árvores.
Pablo Marçal
O vídeo mais visto, no entanto, é do coach Pablo Marçal (PRTB), que já era o campeão de audiência nas redes sociais muito antes de entrar para a disputa eleitoral. Ele emplacou quase 1 milhão de visualizações com um vídeo um apoiador faz um repente apoiando a candidatura de Marçal para a Presidência da República em 2026.