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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Comunidade judaica repudia ex-ministro por texto sobre guerra ao Hamas

Documento com cem assinaturas critica Carlos Marun, ex-secretário de Governo de Temer, e presta solidariedade ao médico Claudio Lottenberg por ataques

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2024, 18h37 - Publicado em 12 dez 2023, 11h10

Uma carta que já reúne cem assinaturas de importantes nomes da comunidade judaica está circulando em São Paulo com críticas ao ex-ministro Carlos Marun, que integrou o governo Michel Temer, por um texto no qual ele faz críticas a Israel, pela atuação do país no conflito com o Hamas, e ataques ao médico Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

No artigo, Marun convida a todos a “imaginar a dificuldade do dr. Lottenberg, ele um homem da saúde, em apoiar bombardeios a hospitais que matam médicos, enfermeiros e pacientes, ele que viveu grande parte de sua vida dentro de hospitais”. Marun afirmou também que “Israel promove em Gaza vinte vezes mais mortes de civis do que o Hamas em Israel”.

Lottenberg, colunista de VEJA, é presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

No documento de repúdio a Marun, os subscritores dizem que Lottenberg, “refletindo o humanismo judaico, sempre se manifestou favorável a uma solução pacífica do conflito entre palestinos e Israel, buscando encontrar diálogo e o esclarecimento sobre a situação de vulnerabilidade permanente de Israel no Oriente Médio”.

“Não se pode comparar, como fez o sr. Carlos Marun, o direito de existência de uma nação a um grupo de bandidos sanguinários que perpetraram no último dia 7 de outubro o mais bárbaro atentado à vida humana, com requintes propositados de explícito nazismo, degolando crianças, estuprando mulheres e celebrando seus crimes no meio de multidões de pessoas oprimidas por esses mesmos terroristas, na sua grande maioria palestinos vitimizados pelo mal impingido pelo Hamas”, diz trecho do documento.

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Leia a íntegra do documento:

1 – Não se pode comparar, como fez o sr. Carlos Marun, o direito de existência de uma nação a um grupo de bandidos sanguinários que perpetraram no último dia 07 de outubro o mais bárbaro atentado à vida humana, com requintes propositados de explícito nazismo, degolando crianças, estuprando mulheres e celebrando seus crimes no meio de multidões de pessoas oprimidas por esses mesmos terroristas, na sua grande maioria palestinos vitimizados pelo mal impingido pelo Hamas;

2 – O dr. Claudio Lottenberg, refletindo o humanismo judaico, sempre se manifestou favorável a uma solução pacífica do conflito entre palestinos e Israel, buscando encontrar diálogo e o esclarecimento sobre a situação de vulnerabilidade permanente de Israel no Oriente Médio;

3 – Contestamos a pessoalização feita acerca da condição de médico do dr. Claudio Lottenberg, que, acima de qualquer dúvida, possui histórico de exemplar dedicação à preservação da vida e da saúde dos semelhantes cristãos, judeus, muçulmanos, negros, brancos ou de quem quer que seja indistintamente;

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4 – Finalmente, rechaçamos a importação, para o Brasil, do ódio que o Hamas e o Hezbolah destilam em Gaza, Tel Aviv, Cisjordania e Beirute.

Nós, brasileiros de bem, iremos juntos trabalhar para que o crime perpetrado por terroristas não invada nem contamine nossas mentes e corações.

Com a esperança de que proximamente possamos celebrar a paz no Oriente Médio e nesse mundo que Deus nos legou.

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