Nesta sexta-feira, 1º, o Brasil assume pela primeira vez a presidência rotativa do G20, grupo que inclui as vinte economias mais industrializadas do mundo. O mandato do país na liderança do fórum vai até novembro de 2024, quando será realizada, entre os dias 18 e 19, a cúpula de chefes de Estado na cidade do Rio de Janeiro.
No comando do G20, o Brasil tem a prerrogativa de pautar e organizar grupos de trabalho e reuniões entre governos, incluindo as discussões entre ministérios das nações integrantes. A presidência do bloco foi entregue ao país pela Índia, onde ocorreu a última cúpula em setembro deste ano, e passará na sequência à África do Sul, que sediará o evento em 2025.
Em discurso publicado nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que os compromissos do governo federal à frente do grupo econômico serão combater a fome e a crise climática e pautar “a urgência de uma nova governança global”.
https://twitter.com/LulaOficial/status/1730542379877220577
‘G20 Social’
O plano de trabalho do Brasil à frente do bloco inclui a criação do “G20 Social”, um fórum de participação da sociedade civil nos eventos do G20. Com a iniciativa, serão instituídos doze grupos de trabalho formados por acadêmicos, empresários, parlamentares e juristas dos países-membros, além de associações de mulheres e jovens.
Entre os dias 15 e 17 de novembro do ano que vem, às vésperas da cúpula de chefes de Estado, está prevista a realização de uma cúpula do G20 Social, também no Rio de Janeiro.
Comissão Nacional do G20
Na semana passada, Lula convocou uma reunião com os três Poderes para instalar a comissão nacional que organizará eventos do G20 no Brasil.
Durante a cerimônia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que pretende usar a presidência do G20 para recuperar o multilateralismo e promover o “avanço da visão de mundo” do governo federal. “Nós estamos propondo que o Brasil lidere uma espécie de reglobalização sustentável, do ponto de vista social e do ponto de vista ambiental”, declarou.
Além de ministros do governo, o evento teve a participação dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; e do Banco Central, Roberto Campos Neto.