Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Cotado para substituir Mandetta, Gabbardo foi indicado por Osmar Terra

Secretário-executivo do Ministério da Saúde integrou mesma equipe de ex-ministro ao menos duas vezes

Por Mariana Zylberkan Atualizado em 15 abr 2020, 13h12 - Publicado em 15 abr 2020, 10h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Entre os cotados para substituir o ministro Luiz Henrique Mandetta em uma eventual demissão do atual titular da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro, o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo dos Reis, número dois da pasta, é bastante próximo do ex-ministro Osmar Terra, opositor declarado de Mandetta e responsável por sua indicação ao posto no início do atual governo. Também estão no páreo o presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Eisntein, Cláudio Lottemberg, e o próprio Terra.

    A relação de Gabbardo e Terra é antiga. Ele foi nomeado secretário municipal de Santa Rosa (RS) em 1993 por Terra, então prefeito da cidade. Anos depois, os dois voltariam a integrar a mesma equipe de saúde pública, quando o ex-ministro assumiu a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, em 2003, e escolheu mais uma vez Gabbardo para ocupar um cargo técnico. Gabbardo assumiu a secretaria três anos depois, quando Terra deixou o posto para voltar à Câmara dos Deputados, em Brasília.

    Os dois responderam a processo de improbidade administrativa no Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, em 2006. Na ocasião, os dois foram acusados pela corte de assumir a compra de órteses e próteses sem contrato para o Centro de Reabilitação de Porto Alegre, entre outras despesas sem licitação, como a locação de cilindros de oxigênio. Eles foram condenados a pagar multa de R$ 1.200 cada, já que Gabbardo assumiu a secretaria em março daquele ano após saída de Terra.

    Recentemente, no governo Bolsonaro, o gabinete dos dois também foi alvo de investigação. A mulher de Gabbardo, Sabine Breton Baisch, foi nomeada por Terra a ocupar cargo em comissão de Gerente de Projetos no Ministério da Cidadania, em julho de 2019, quando chefiava a pasta. Sabine foi exonerada em janeiro deste ano após denúncias de nepotismo. Ela ganhava salário de R$ 10.373,30. Na Saúde, Mandetta nomeou a mulher do chefe de gabinete do Ministério da Cidadania, Claudio Franke, para ocupar a chefia de gabinete da Secretaria de Atenção Primária. Marisete Scalco Franke recebia exatamente o mesmo salário da mulher de Gabbardo, e foi exonerada em agosto do ano passado, após a relação entre as nomeações ter sido revelada.

    Continua após a publicidade

    Nascido em Porto Alegre, Gabbardo é médico com especialidade em pediatria e fez carreira no serviço público. Aos 18 anos, passou em concurso público para ser oficial administrativo na Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul e, depois, se tornou médico da rede pública. Integrou a equipe do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) na mesma época em que Terra se tornou superintendente do órgão, em 1986.

    Apesar da relação próxima com o ex-ministro, que tem sido uma influência estridente para o presidente Jair Bolsonaro contra as medidas de quarentena propostas pelo Ministério da Saúde, Gabbardo se aproximou de Mandetta nos últimos meses pelo fato de compartilharem as mesmas visões técnicas em relação ao combate à pandemia.

    Alinhado ao discurso de Bolsonaro, Terra tem sido um militante nas redes sociais da defesa do fim da quarentena como forma de combater o coronavírus. Entre outras coisas, ele tem reunido gráficos que apontam para redução de casos em países no exterior para sustentar seu argumento de que o pico da pandemia no Brasil chegará ao fim em até 30 dias. A questão é que o Brasil vive um momento diferente das demais nações, já que aqui a contaminação começou bem depois e o pico da infecção ainda não chegou.

    Continua após a publicidade

    Nas horas vagas, Gabbardo se dedica a maratonas de corrida e costuma rodar o mundo para participar de provas.

    gabbardo_maratonista
    Secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, é maratonista (Reprodução/VEJA)

    ASSINE VEJA

    O vírus da razão
    O vírus da razão O coronavírus fura a bolha de poder inflada à base de radicalismo. Leia também: os relatos de médicos contaminados e a polêmica da cloroquina ()
    Clique e Assine
    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.