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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Damares diz que vai pedir impeachment de Carlos Lupi por escândalo do INSS

Operação da Polícia Federal revelou mais de R$ 6,3 bilhões em desvios de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2025, 15h19 - Publicado em 27 abr 2025, 14h53

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou neste domingo, 27, que vai pedir o impeachment do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, por causa do escândalo do INSS revelado nesta semana.

“E lá vou eu pedir o impeachment de mais um ministro de Lula. Vamos expulsar da Esplanada todos os corruptos e omissos! E faremos isto em nome de todos os idosos trabalhadores e pessoas com deficiência que foram…”, publicou a parlamentar no X (antigo Twitter).

Em outras ocasiões, Damares já defendeu a apresentação de pedido de impeachment contra o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crime de responsabilidade no caso das verbas do Pé-de-Meia, e também do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido a uma suposta atuação irregular junto ao setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022.

 

Escândalo do INSS

Na última quarta-feira, 23, a Polícia Federal deflagrou uma megaoperação para investigar um esquema que drenou cerca de 6,3 bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024. Os descontos eram feitos a título de valores associativos, que são contribuições legítimas pagas a entidades e sindicatos que representam beneficiários da Previdência. A ilegalidade se deu porque as subtrações foram feitas sem a ciência e autorização dos segurados.

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A eclosão do escândalo levou à demissão, no mesmo dia, do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, do governo Lula. O ministro Carlos Lupi se manifestou dizendo ser de sua “responsabilidade” a indicação de Stefanutto, elogiou o trabalho que vinha sendo pelo auxiliar e defendeu a continuidade das investigações.

“O doutor Stefanuto é procurador da República, um servidor que até o presente momento tem me dado todas as demonstrações de que é exemplar, fez parte do grupo de transição do governo anterior para esse. Vamos, agora, no processo, que corre em segredo de Justiça, esperar as investigações, que estão em curso”, disse Lupi durante coletiva.

O episódio gerou tensão entre Lupi e Lula. Mais cedo na quarta, 23, o petista já havia determinado, além do afastamento anunciado inicialmente, que o ministro demitisse o presidente do INSS, algo que não foi feito durante a coletiva concedida por Lupi. Coube ao Planalto, então, confirmar a demissão de Stefanutto do posto.

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Governo vai devolver valores

Na quinta-feira, 24, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, disse que o governo garantirá que os descontos indevidos sejam devolvidos para os beneficiários.

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Segundo Carvalho, os descontos irregulares deste mês serão devolvidos já na próxima folha de pagamento, porque ficarão retidos e não chegarão a ir para as associações que eram titulares das mensalidades. Os valores descontados antes disso também serão restituídos, mas não há prazo.

O episódio também foi usado pela oposição a Lula no Congresso para atacar o governo. Deputados e senadores postaram críticas ao esquema de corrupção e apontaram falhas da gestão Lula, lembrando de escândalos de corrupção de governos anteriores do PT e sugerindo que o partido não aprendeu nada com os erros do passado.

Os oposicionistas ignoraram, no entanto, o fato de as irregularidades detectadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal terem começado em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, e seguiram até 2024, segundo ano do governo Lula.

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