Ex-governador do Ceará e quatro vezes presidenciável, Ciro Gomes (PDT), que andava meio sumido do debate político nacional, usou a sua live semanal para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de um episódio envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que afirmara que a expressão “buraco negro” teria cunho racista.
“A densidade é tão grande que a gravidade tende ao infinito e drena tudo o que está ao seu redor, inclusive a luz. O que não tem luz é escuro, e o que é escuro é negro, por isso é um buraco negro”, explicou Ciro, didaticamente, durante a transmissão.
Depois, o ex-ministro relembrou outro episódio envolvendo Anielle, no qual a sua então assessora, Marcelle Decothé, postou um vídeo ofendendo a torcida do São Paulo antes do jogo contra o Flamengo na final da Copa do Brasil, no Morumbi, durante um voo no qual estava com a ministra. “Tenha tenência, cidadã (Anielle). Já não chega a esculhambação de pegar um avião da FAB, descer no estádio, dar uma carteirada para entrar no jogo e a principal assessora chamar a torcida de um time de pauliste, fasciste?”, afirmou, relembrando a linguagem neutra usada por Decothé.
E completou atacando o PT, Lula e o Centrão, hoje aliado do governo. “Isso é a cara do PT. Deixa a economia na mão da banqueirada, deixa o orçamento na mão da esculhambação, da propina, do suborno do Centrão, o Lula vai passear para tentar ganhar o Prêmio Nobel da Paz, conversando fiado e fazendo ridículo e essa turma fazendo esse tipo de coisa. Nós estamos ferrados mesmo”, disse.
Vale lembrar que o PDT de Ciro Gomes faz parte da base do governo Lula tanto quanto o Centrão — tem, inclusive, um ministério, o da Previdência, que é comandando pelo presidente da legenda, Carlos Lupi.