A disputa pela única vaga que São Paulo terá no Senado na eleição de 2022 promete ser uma das mais acirradas do país, em um cenário bem diferente do verificado em 2014, quando havia apenas dois candidatos competitivos no páreo — José Serra (PSDB) levou, com 58,5% dos votos, seguido por Eduardo Suplicy (PT), com 32,5%.
Em 2022, no entanto, além do próprio Serra, que deve tentar a reeleição, a disputa terá outros candidatos com bons potenciais eleitorais, como o apresentador de TV José Luiz Datena, que se filiou ao PSL, partido que já tem Janaina Paschoal como candidata – em 2018, ela se tornou a deputada mais votada da história do país.
A depender do racha que se anuncia no PSL paulista – há uma possibilidade de os bolsonaristas deixarem ou serem expulsos do partido –, a deputada federal Carla Zambelli também poderá se lançar candidata ao Senado.
Também deverá haver ao menos um candidato de esquerda competitivo na corrida, que pode ser Eduardo Suplicy, que tem batido na trave nas últimas duas disputas para voltar ao Senado, onde esteve entre 1991 e 2015, por três mandatos consecutivos. Ele foi o segundo em 2014 (quando havia uma vaga em disputa) e terceiro em 2018 (quando havia duas). Outro nome cogitado é o de Aloizio Mercadante, que foi senador entre 2003 e 2011.
Há possibilidade ainda de o ex-governador Márcio França (PSB), disputar a vaga, a depender das articulações para a candidatura ao governo, que ele também pode tentar novamente – em 2018 foi ao segundo turno contra João Doria (PSDB).
Também dependendo das articulações ao governo, outro que pode entrar na disputa ao Senado é o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas essa possibilidade é remota, porque ele também tem como prioridade a volta ao Palácio dos Bandeirantes, que comandou por quatro mandatos — nesse caso, provavelmente por outro partido.
Pesquisa
Na última pesquisa feita para o Senado, pelo Ipespe, entre os dias 28 de junho e 1º de julho, Datena aparece em primeiro, com 23%, quase empatado na margem de erro (de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos) com Márcio França (16%). Na sequência, vêm o ex-governador José Serra (10%), Aloizio Mercadante, do PT (9%), Carla Zambelli (9%) e Janaina Paschoal (6%).