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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

‘É direito deles’, diz padre Julio Lancellotti sobre CPI na Câmara de SP

Pedido de investigação da 'máfia da miséria' na área da Cracolândia, feito pelo vereador Rubinho Nunes (União), é alvo de críticas de políticos de esquerda

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 17h09 - Publicado em 3 jan 2024, 14h39

O nome do padre Julio Lancellotti foi parar nos assuntos mais comentados das redes sociais desta quarta-feira, 3, por causa de uma ofensiva articulada pelos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo para investigá-lo através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa as organizações não-governamentais que atuam com os dependentes químicos da Cracolândia, no centro da cidade.

O tema é uma das maiores pedras no sapato da gestão de Ricardo Nunes (MDB) e deve ser um dos assuntos da disputa eleitoral deste ano — cujo primeiro lugar o atual prefeito disputa com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Parlamentares de siglas de esquerda – comoErika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ), Fernanda Melchinonna (RS) e Sâmia Bonfim (SP), todos do PSOL – e lideranças do MST, como João Pedro Stedile, criticaram a Câmara paulistana e convocaram seus correligionários a defender as ações do religioso. Circula nas redes uma arte com um desenho da figura do padre e os dizeres “protejam o padre Julio Lancellotti”.

A ofensiva, contudo, não é de hoje. O pedido de abertura da CPI foi protocolado no começo de dezembro e ainda não recebeu nenhum encaminhamento formal. A Câmara está em recesso e só retomará suas atividades no começo de fevereiro. Apenas o plenário da Casa é que pode instalar ou arquivar o pedido de abertura da CPI.

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O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que encabeça o pedido, disse a VEJA que já tem o número de apoios necessários para que o colegiado seja instalado na Câmara. De acordo com ele, a CPI deverá investigar o que ele chama de “máfia da miséria”: uma rede de organizações que receberiam recursos públicos e privados para ajudar dependentes químicos mas que, na prática, estariam “piorando” a situação.

O texto do pedido não menciona Lancellotti e nenhuma organização específica. Contudo, à reportagem, Nunes mencionou o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, a Bompar, e a Craco Resiste. A primeira é um braço da Igreja Católica e a segunda divulgou uma nota nesta quarta afirmando que não é uma ONG.

“A CPI é um instrumento legítimo, institucional, para investigar, principalmente políticas públicas. É um direito que eles (vereadores de São Paulo) têm”, disse Lancellotti a VEJA. Ele afirma que nunca fez parte do quadro societário de nenhuma das ONGs mencionadas e que nunca esteve envolvido na direção de entidades que recebem dinheiro público para trabalhar com os dependentes da Cracolândia.

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Condecoração e ameaça

O religioso é alvo frequente de políticos de direita por causa da sua proximidade com lideranças de esquerda e pelo trabalho que faz com a população de rua na capital paulista há cerca de quarenta anos. Em agosto, ele foi condecorado com a medalha da Ordem do Mérito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. A honraria foi dada depois do padre ser ameaçado através de um bilhete deixado na Paróquia São Miguel Arcanjo, onde atua.

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