Eduardo ataca Tarcísio em embate sobre tarifaço: ‘Subserviência servil’
Medida de Trump racha grupo bolsonarista e cria primeiro grande problema para governador de SP chegar ao Planalto

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atacou mais uma vez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no embate sobre o tarifaço aplicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, aos produtos brasileiros exportados para o país americano.
“Prezado governador Tarcísio de Freitas, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda”, disse em publicação no X, antigo Twitter, nesta terça-feira, 15.
Prezado governador @tarcisiogdf, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades.
Mas como, para você, a subserviência servil as elites é… pic.twitter.com/qyV8zGrLXd
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 15, 2025
Eduardo Bolsonaro está nos EUA para articular sanções aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente Alexandre de Moraes, relator da ação penal em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.
Anteriormente, Tarcísio recuou de apoiar o tarifaço imposto por Trump, que vale a partir de 1º de agosto, por São Paulo ser o Estado mais atingido pela medida. Opositores ao governador na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) listaram os setores mais atingidos pela tarifa imposta por Trump, com destaque para setores como suco de laranja, café industrializado, produtos químicos e farmacêuticos, máquinas e autopeças, carne e proteína animal. O chefe do Poder Executivo paulista, então, agiu para tentar negociar com o governo dos EUA, por meio de contato na Embaixada daquele país em território brasileiro.
O ex-presidente Bolsonaro cobra anistia — que o beneficia — como uma espécie de moeda de troca para revogação do tarifaço do presidente do EUA. Bolsonaristas mais alinhados com o capitão da reserva tentam colocar a culpa pela medida no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.