Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Em almoço com advogados, Gilmar faz piada com Moro e critica a Lava-Jato

Ministro diz que elogiou Paulo Guedes por ter levado o juiz para o governo; "Ter tirado Moro de Curitiba talvez tenha sido sua maior contribuição ao Brasil

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Heitor Mazzoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 abr 2025, 17h12

Crítico antigo dos métodos e dos integrantes da Lava-Jato, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou à carga contra a operação nesta segunda-feira, 28, em almoço no IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo), em São Paulo.

Bem-humorado, o ministro divertiu ao lembrar um episódio, quando recebeu o então ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda no governo Jair Bolsonaro, e disse a ele que havia sugerido ao então presidente que encontrasse alguém para “cuidar de ‘law and order’ no governo”, em referência à necessidade de um nome para o Ministério da Justiça. “O ex-presidente deve ter ficado perplexo”, disse Gilmar.

Depois que o ex-juiz federal Sergio Moro — hoje senador pelo União Brasil-PR — assumiu a pasta, Gilmar deu uma espécie de “conselho” a Guedes. “Ponha isso na sua biografia: ter tirado Moro de Curitiba talvez tenha sido sua maior contribuição ao Brasil”, afirmou, em meio a risos da plateia. Na época, o guru da economia de Bolsonaro foi apontado como responsável pelo convite a Moro para ir para a Esplanada.

Moro atuou como juiz titular da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que reunia os processos da Lava-Jato. Já se especulava sobre uma possível migração do magistrado para o mundo da política, mas ele só se exonerou oficialmente da magistratura quando recebeu o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça — cadeira que ele deixou menos de dois anos depois, por conta de discordâncias com o ex-presidente.

O ex-magistrado e o ministro do Supremo são desafetos de longa data. Os dois já trocaram farpas em público muitas vezes por conta da operação. O ministro move uma ação criminal contra o hoje senador pelo União Brasil-PR por conta de um vídeo, gravado durante uma festa junina, no qual Moro brinca sobre a possibilidade de “comprar” um habeas corpus de Gilmar Mendes.

Continua após a publicidade

‘O Moro do Rio de Janeiro, a Moro do Pantanal’

Durante o almoço, Gilmar Mendes fez várias críticas à operação. “Uma investigação normal de corrupção se transforma em algo avassalador e todos os episódios da política passam a ser enquadrados dentro de algum artigo do Código Penal. Isso destrói o sistema político”, disse o ministro.

Instantes depois, ele relembrou quando foi convidado para ir ao Congresso debater a iniciativa que ficou conhecida como as “Dez medidas contra a corrupção”, impulsionada pelos lavajatistas. “Foram surgindo filhotes, o Moro do Rio de Janeiro (Marcelo Bretas), a Mora do Pantanal (Selma Arruda), e essa gente foi ocupando o lugar da política. Ele (Moro) podia ter sido eleito presidente, mas eles decidiram unir forças com Bolsonaro”, disse Gilmar.

Apesar de os processos mais importantes da Lava-Jato terem sido anulados pelo STF, como os que envolveram o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, os desdobramentos de uma investigação da operação levou à prisão o ex-presidente Fernando Collor de Mello, acusado de se beneficiar de um esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.