Empresário morto em Interlagos: sangue no carro é de mulher desconhecida
Laudo pericial foi concluído nesta semana e teve resultado confirmado pelo delegado do caso nesta quinta-feira
Amostras de sangue encontrado no carro do empresário morto em Interlagos, na zona sul de São Paulo, cujo corpo foi encontrado há exatamente um mês, pertencem a uma mulher desconhecida até o momento. A informação foi confirmada pela polícia para VEJA nesta quinta-feira, 3.
Uma das hipóteses das autoridades de segurança era a de que o sangue fosse da esposa do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, 35. No entanto, os exames periciais concluíram que o sangue é de uma outra mulher ainda não identificada pela polícia, de acordo com o delegado Rogério Thomaz, chefe da divisão de homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
A conclusão dos exames foi entregue para os agentes na última terça-feira, 1°, mas a informação não foi prontamente divulgada, já que o caso está sendo investigado sob segredo de justiça.
Até o momento, a polícia ainda não informou se há suspeitos do crime. Além disso, a corporação nega que haja uma testemunha que tenha visto o crime ocorrer – como especulado na web nos últimos dias. “Não temos nada ainda quanto à autoria, nem suspeitos (…) e também não localizamos testemunha ocular”, disse Thomaz no final da semana passada para VEJA.
Os investigadores continuam ouvindo testemunhas que estavam próximas ao local do crime e analisam informações dos celulares de coordenadores de segurança, apreendidos na semana passada. Os seguranças não são suspeitos até o momento, mas a investigação pode tomar outro rumo caso as autoridades encontrem indícios de quaisquer envolvimentos.
Relembre o caso
O empresário do ramo de óticas Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, 35, foi visto pela última vez na noite de 30 de maio, durante o Festival Interlagos 2025: Edição Moto, que ocorria no autódromo. Por volta das 19h40, ele conversou por mensagem com a esposa e foi em direção ao carro, no estacionamento, a cerca de 200 metros do ponto principal do evento, mas não voltou para casa.
O corpo dele, no entanto, só foi encontrado na manhã de 3 de junho, por bombeiros e dentro de um buraco de três metros de profundidade e 45 centímetros de diâmetro. Ele estava preso na parte superior da fenda, sem sinais de ferimentos aparentes e com terra no rosto e nas vias respiratórias.
A polícia começou a suspeitar de que tenha ocorrido um homicídio porque a carteira com dinheiro, documentos, celular, aliança e capacete estavam no local. Faltavam apenas calças e tênis. Não havia sinais de queda, luta ou tentativa de fuga, e o local não apresentava vestígios de sangue.
As investigações apontam que a morte deve ter ocorrido entre 36 e 40 horas antes da descoberta do corpo, descartando a hipótese de morte no próprio poço. A delegada chefe do DHPP, Ivalda Aleixo, considera mais provável que o corpo tenha sido colocado no buraco depois da morte.
Exames toxicológicos e radiografias estão em andamento para identificar substâncias no organismo do empresário, possíveis sinais de violência interna ou tentativas de defesa. Os laudos já obtidos até o momento apontam que a causa da morte foi asfixia.
Além da hipótese de que ele tenha sido assassinado, a polícia também não descarta a possibilidade de que o crime tenha ocorrido após um golpe do “boa noite, Cinderela”, mas ainda não há nenhum indício concreto. As autoridades também acreditam que mais de uma pessoa esteja envolvida no crime.
‘Lula foi surpreendido e, com o caos já instalado, deu um presente para a direita’
Confira as 30 companhias ganhadoras da edição ‘Top 30 Melhores Empresas do Brasil’







