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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Espero ter lavado a alma de milhões de pessoas, diz Datena após cadeirada

Apresentador afirmou que o adversário será detido no voto, mas 'precisava também ser contido com atos'

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 set 2024, 12h11 - Publicado em 16 set 2024, 11h20

Candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, o apresentador José Luiz Datena disse que espera “ter lavado a alma de milhões de pessoas” ao agredir o coach Pablo Marçal com uma cadeirada no debate da TV Cultura, no domingo, 15. Em nota divulgada nesta segunda-feira, 16, o tucano afirmou que o adversário será detido no voto, mas “precisava também ser contido com atos”.

“Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem. Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante o debate promovido pela TV Cultura”, declarou.

Datena afirmou que Marçal é uma ameaça à cidade de São Paulo e demonstrou sua falta de caráter em mais de uma oportunidade. “Será detido no voto. Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz”, acrescentou. O apresentador disse ainda que preferia que o episódio não tivesse ocorrido, mas que não deixaria de repetir o gesto.

Marçal registrou boletim de ocorrência contra Datena por lesão corporal e injúria durante a madrugada. Ele afirma ter sido agredido na cabeça, no tórax e nas costelas e passou a noite no hospital Sírio-Libanês. Segundo a equipe de campanha, o coach deve receber alta nesta manhã.

Leia a íntegra da nota abaixo:

“Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.

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Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.

Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.

Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.

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Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.

As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.

Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.

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Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.

Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.

Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.

Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.”

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