Após acompanhar a apuração dos votos na casa de Donald Trump em Mar-a-Lago, resort de luxo na Flórida, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) irá tomar posse como diretor de Relações Internacionais do Partido Liberal. A cerimônia será na próxima quarta-feira, 13, na sede do PL, em Brasília.
Nas redes sociais, Eduardo tem comemorado a vitória de Trump nas eleições americanas e de parlamentares que defendem as pautas da direita brasileira nos Estados Unidos. Ele parabenizou os congressistas Maria Elvira Salazar, Jim Jordan, Marjorie Taylor Greene, Rick McCormick, Rick Scott e Chris Smith, que, segundo o filho Zero Três do ex-presidente brasileiro, “apoiaram a causa do Brasil”. Maria Salazar chegou a posar ao lado de uma foto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para criticá-lo.
“A comunidade brasileira nos EUA, de mais de 2 milhões de pessoas, é a quarta maior dos EUA, e tem peso eleitoral”, escreveu Eduardo Bolsonaro na publicação.
O filho do ex-presidente deve atuar como uma espécie de “chanceler” do partido. Ele é visto pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, como uma pessoa bem relacionada com políticos conservadores dos Estados Unidos e em outros países. A vontade do parlamentar é ampliar eventos conservadores no Brasil, com a presença de figurões da direita internacional, como o CPAC, congresso conservador que teve a participação do presidente argentino Javier Milei em Balneário Camboriú (SC).
À frente das Relações Internacionais do partido, Eduardo Bolsonaro deve atuar junto com Onyx Lorenzoni. De Portugal, o ex-ministro de Bolsonaro tem feito o intercâmbio da sigla com movimentos de extrema direita da Europa. Eduardo Bolsonaro também assumirá as Relações Institucionais do partido, que trata das conversas com governadores e parlamentares.
Costa Neto concedeu os cargos a Eduardo, como uma espécie de prêmio de consolação após o filho do ex-presidente ter cobiçado a direção da milionária Fundação Álvaro Valle, de formação política do PL. Até a presidência do partido pelo parlamentar foi cogitada pelo núcleo bolsonarista. A VEJA, Valdemar disse que “jamais” considerou sair da direção da legenda.