Namorados: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Gestão Lula usa chefe do PCC para tentar melhorar sua imagem na segurança

Lewandowski diz que prisão de criminoso na Bolívia foi 'vitória muito importante contra o crime', cita participação do presidente e defende PEC da Segurança

Por Heitor Mazzoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2025, 15h39 - Publicado em 19 Maio 2025, 15h35

A prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado como um dos principais líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), está servindo para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva se apoiar na ação conjunta das polícias brasileira e boliviana e, com isso, tentar melhorar a combalida imagem da gestão na área de segurança pública.

O episódio foi utilizado para tentar vender a imagem de um triunfo da gestão na área. “O governo brasileiro teve uma vitória muito importante em sua luta contra o crime organizado, que foi justamente a prisão, na Bolívia, de um delinquente de alta periculosidade ligado a uma importante facção criminosa no Brasil”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em coletiva sobre a prisão de Tuta nesta segunda-feira, 19. Além dele, participaram da entrevista o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, e o secretário-geral da Interpol e delegado da PF, Valdeci Urquiza.

A comemoração com a prisão de um criminoso desse tamanho tem um motivo: a condução da segurança pública pelo atual governo é mal avaliada pelos brasileiros, que continuam com sensação de impotência perante a ação de criminosos. De acordo com pesquisa Genial/Quaest, divulgada no dia 30 de abril, 38% acreditam que o trabalho do governo federal na área é ruim, enquanto apenas 25% o avaliam de maneira positiva e outros 32% o consideram apenas regular. O mesmo levantamento mostrou que os entrevistados têm mais confiança nos órgãos de segurança estaduais. Na mesma pesquisa, a violência aparece como a principal preocupação dos brasileiros (29%), à frente de questões sociais (23%) e economia (19%).

Participação de Lula

Com a preocupação com a violência em alta e o crime organizado se fortalecendo no país — chegando até a se infiltrar no poder público, por meio de contratos e até candidaturas nas eleições –, é quase certo que a segurança pública será o principal tema da próxima campanha presidencial. Durante a entrevista, Lewandowski, não à toa, citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos envolvidos na operação que resultou na prisão. “O presidente da República foi imediatamente informado, e determinou que o Itamaraty fosse avisado e envolvido na negociação para trazer este criminoso para o Brasil. Tuta foi detido em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e entregue para agentes da Polícia Federal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, depois de ser expulso do país vizinho.

PEC da Segurança

Lewandowski também aproveitou a prisão do chefe do PCC para vender a necessidade de aprovação da PEC da Segurança, um projeto gestado no seu ministério e que é, por ora, a grande ação do governo Lula na questão do enfrentamento aos grupos criminosos organizados. “As investigações (sobre Tuta) começaram em São Paulo, com o combativo Ministério Público paulista. Isso mostra o entrosamento das forças locais com as forças federais e é o que almejamos com a PEC da Segurança”, disse o ministro ao aproveitar para fazer propaganda da proposta que tramita no Legislativo e que enfrenta muitas críticas da bancada oposicionista e dos governadores de estados, temerosos de perderem protagonismo.

Continua após a publicidade

Prisão federal

Durante a coletiva, Lewandowski também enfatizou que o presídio federal de Brasília, para onde Tuta foi levado, “é o mais seguro possível” do Brasil. Ele ainda minimizou a possibilidade de a mesma unidade prisional abrigar aquele que é considerado o chefe máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Segundo o ministro, “não há perigo de contato dele (Tuta) com outros membros da facção”.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.