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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Gleisi diz que alta da taxa Selic é ‘incompreensível’, mas poupa Galípolo

Postura de petista como ministra de Lula é bem diferente do tratamento dado ao antecessor no BC, Roberto Campos Neto, quando ela era presidente do PT

Por Heitor Mazzoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jun 2025, 11h46

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, publicou nesta quinta-feira, 19, em suas redes sociais uma crítica ao aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, que chega a 15%, sem citar o nome do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto.

“No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros. O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”, afirmou a ministra, que é a articuladora política do governo junto ao Congresso Nacional.

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O tom usado por Gleisi é bem diferente do tratamento para o antecessor no comando do Banco Central, Roberto Campos Neto, que era o principal alvo da então deputada federal  pela crise econômica. Em 2024, quando o dólar bateu em 6 reais, a petista afirmou que o “BC de Campos Neto não fez nada para conter a especulação”. “Era obrigação da ‘autoridade monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros instrumentos que existem para isso. É um crime contra o país”, disse à época.

Depois de cinco anos no cargo, Campos Neto deixou o BC no final de 2024. Seis meses depois, os dados econômicos continuam a desgastar o governo Lula.

Logo após o anúncio do aumento da Selic, na quarta-feira, 18, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do governo na Câmara, também disparou contra a medida. “Não dá pra aceitar como normal o novo aumento da Selic pelo Banco Central. A taxa de 15% é indecente, proibitiva e desestimula investimentos produtivos. É a transformação do Brasil no paraíso dos rentistas: quem vive de juros ganha, quem trabalha perde. Falam muito de ajuste fiscal e da dívida pública. Mas o crescimento da dívida não vem dos programas sociais com saúde ou educação — vem do pagamento de juros”, disse.

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Mais cedo, ao anunciar o reajuste, nota do Banco Central apontou os motivos para o aumento. “O ambiente global permanece adverso e particularmente incerto devido à política econômica e às perspectivas econômicas dos Estados Unidos, principalmente no que diz respeito às suas políticas comerciais e fiscais e seus efeitos. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também foram impactados, alterando as condições financeiras globais. Esse cenário continua exigindo cautela das economias de mercados emergentes em meio à escalada das tensões geopolíticas”, diz trecho do comunicado.

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Em relação ao cenário doméstico, o conjunto de indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho “ainda apresenta alguma robustez, embora observemos alguma moderação no crescimento. Em divulgações recentes, a inflação geral e as medidas de inflação subjacente permaneceram acima da meta de inflação”. As expectativas de inflação para 2025 e 2026 coletadas pela pesquisa Focus permaneceram acima da meta de inflação, em 5,2% e 4,5%, respectivamente.

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