O Centro Histórico de Porto Alegre foi inundado nesta sexta-feira, 3, após uma casa de bombas na Avenida Mauá transbordar e as águas do Rio Guaíba invadirem as ruas da capital gaúcha. O acidente ocorre em meio às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira, 30, que já deixaram ao menos 31 mortos em todo o estado.
A cidade de Porto Alegre conta com 23 casas de bombas, que são responsáveis por redirecionar as águas de volta ao rio. As instalações começaram a ser construídas após uma enchente que atingiu a capital em 1941, quando o nível do rio chegou ao seu recorde histórico — 4,75 metros. Nesta sexta-feira, 3, o volume das águas ultrapassou 4,5 metros e continua subindo, aproximando-se da marca histórica.
Inicialmente, surgiram relatos de que as bombas da Avenida Mauá haviam rompido, mas a Prefeitura de Porto Alegre, por meio do perfil oficial no X (antigo Twitter), informou que trata-se de um transbordamento e que as demais casas de bombas operam normalmente.
Porto Alegre: Centro Histórico da cidade foi esvaziado por causa da cheia do rio Guaíba
Calamidade pública
Na noite da última quinta-feira, 2, o prefeito Sebastião Melo (MDB) decretou estado de calamidade pública em Porto Alegre. Mais de 300 moradores desalojados pelas chuvas estão alocados em abrigos temporários da prefeitura. Também por meio do X, na manhã de hoje, Melo anunciou que o Centro Histórico da capital será esvaziado.
‘Maior catástrofe meteorológica do RS’
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta-feira que o Rio Grande do Sul vive “a maior catástrofe meteorológica da história”. Em entrevista à EBC, ele afirmou que o bloqueio de rodovias no estado está causando problemas de desabastecimento em diversos municípios.
“Neste momento, estamos com 141 pontos de rodovias interrompidas, entre rodovias estaduais e federais”, disse Pimenta. “Isso faz com que algumas cidades já estejam sem combustível. Máquinas da prefeitura que estavam trabalhando na limpeza e desobstrução não têm diesel. As ambulâncias não conseguem circular no estado e médicos plantonistas não conseguem chegar nas cidades”, acrescentou o ministro.