Hytalo Santos é transferido de avião de SP para presídio na Paraíba

O influenciador Hitalo José Santos Silva, conhecido como Hytalo Santos, e seu marido, Israel Nata Vicente, o Euro, foram transferidos nesta quinta-feira, 28, de avião, para um presídio em João Pessoa, na Paraíba. Os dois respondem a investigações criminais pela exploração da imagem sexualizada de crianças e adolescentes nas redes sociais. Eles estão presos preventivamente em São Paulo desde o dia 15 de agosto.

O casal foi levado à Penitenciária Flósculo da Nóbrega, conhecida como “Penitenciária do Roger”, por conta do nome do bairro em que está localizada, na capital paraibana. Antes, eles estavam no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A defesa dos influenciadores tentou transferi-los para o Presídio de Tremembé II, o “Presídio dos Famosos”, alegando questões de segurança. A Justiça de São Paulo, no entanto, não acolheu o pedido.

A transferência dos dois foi feita de avião. Eles saíram do Aeroporto Internacional de Guarulhos e desembarcaram no começo da tarde desta quinta em João Pessoa. Ele responde a um inquérito na capital do estado e a outro em Bayeux, cidade da região metropolitana.

Hytalo, que foi banido das redes sociais por ordem judicial, acumulou milhões de seguidores, fez fama e fortuna por meio dos conteúdos que divulgava nos seus perfis. Natural da cidade de Cajazeiras, no interior da Paraíba, ele adotava, de forma simbólica, crianças e adolescentes, que eram levados a viver com ele, sempre com autorização dos pais.

Ao lado do influenciador, os menores de idade tinham acesso a um alto padrão de vida, gravavam vídeos de danças (muitas vezes sensuais), frequentavam festas e se envolviam amorosamente entre si — rotina que era transmitida, com pouquíssimos filtros, nas redes de Hytalo.

Por conta disso, ele já era investigado pela Polícia Civil da Paraíba. Depois do vídeo do também influenciador Felipe Bressanin, o Felca, sobre adultização, Hytalo foi exposto, o que acelerou o andamento das investigações sobre ele. Vários conteúdos produzidos com a imagem de crianças e adolescentes alimentavam redes de pedofilia. Além disso, há indícios de que Hytalo dava presentes de alto valor às famílias dos seus “filhos”, como celulares, alugueis e mensalidades escolares.

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