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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Irmãos Weintraub acusam Eduardo Bolsonaro de injúria e difamação no STF

Abraham e Arthur Weintraub protocolaram queixa-crime após terem sido xingados pelo Zero Três no Twitter

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 Maio 2022, 11h49 - Publicado em 12 Maio 2022, 11h41
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  • Os irmãos ex-bolsonaristas Arthur e Abraham Weintraub, ex-assessor da Presidência e ex-ministro da Educação, respectivamente, deram mais um passo em sua guerra com o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. Os Weintraub protocolaram na terça-feira, 10, uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) acusando o filho Zero Três, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), dos crimes de injúria e difamação. A ação diz respeito a uma publicação feita por Eduardo no Twitter, em que ele xinga os irmãos de “filhos de uma puta”.

    A reação do Zero Três na rede social veio após Arthur Weintraub expressar preocupação de que o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo, abrisse um precedente para que a mesma graça fosse direcionada a condenados por crimes de corrupção.

    “A gente tá em guerra e o cara me falando em procedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido um indulto e agora esse instrumento tenha sido utilizado para seu fim: um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos de uma puta! Desculpa, mas não há outra palavra”, escreveu Eduardo Bolsonaro no Twitter.

    Na ação protocolada no STF, a defesa dos irmãos Weintraub classifica o tuíte como “conteúdo extremamente ofensivo à honra, imagem e reputação” deles, “um ataque totalmente desproporcional e, principalmente, não provocado”. A petição sustenta que as ofensas de Eduardo não têm relação com a imunidade parlamentar de que ele dispõe, já que, segundo a defesa, foram feitas em uma sexta-feira à noite, fora de uma sessão parlamentar.

    “Os fatos são graves e ultrapassaram o direito de liberdade de expressão do Querelado, tratando-se apenas de ofensa gratuita contra os Querelantes, com o único objetivo de humilhá-los e desqualificá-los perante a sociedade”, diz o documento, dirigido ao presidente do STF, ministro Luiz Fuz. A queixa-crime pede a abertura de uma ação penal privada contra o filho do presidente.

    Depois de deixar o Ministério da Educação em meio a uma crise com o STF, Abraham Weintraub foi nomeado pelo governo Bolsonaro para uma diretoria no Banco Mundial, nos Estados Unidos, em julho de 2020. Ele ficou até abril de 2022 no posto, que deixou para voltar ao Brasil e se lançar candidato ao governo de São Paulo, disputa que também tem o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente. A estratégia de Weintraub, que se filiou ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), tem sido a de se mostrar ao eleitorado como verdadeiro candidato conservador e criticar as estreitas relações entre o governo e o Centrão.

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