Líder do PT pede prisão de Eduardo Bolsonaro por ameaça dos EUA a Moraes
Vídeo com o deputado Lindbergh Farias foi divulgado pelo perfil oficial do partido na rede social X nesta sexta-feira, 23

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, pediu a prisão do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por causa da articulação dele com os trumpistas nos Estados Unidos, que levou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, a dizer que avalia impor duras sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A representação foi protocolada na tarde desta sexta-feira, 23, na Procuradoria-Geral da República (PGR), por três crimes:
- Atentado à soberania nacional (artigo 359-I do Código Penal)
- Abolição violenta do estado democrático de direito (artigo 359-L do Código Penal)
- Coação no curso do processo (artigo 344 do Código Penal)
“Gente, chega! Passou de todos os limites. Eu estou entrando com um representação criminal agora contra Eduardo Bolsonaro (…). É um golpe continuado, o que eles tramam. Ele continua comentando crime contra o estado democrático de direito. Ele, o que faz nos Estados Unidos? Cada dia procura uma autoridade diferente, mentindo sobre a realidade brasileira”, diz o deputado em vídeo divulgado no perfil oficial do PT na rede social X.
“Nós temos um julgamento que está começando. Ele articula para quê? Para desmoralizar, para tentar sancionar o relator do processo de julgamento do pai dele. É uma vergonha esse pessoal e Eduardo Bolsonaro ficar conspirando contra os interesses nacionais. Eu espero que ele seja responsabilizado por todos esses crimes”, complementa o líder do PT.
Para o deputado, defender o ministro Alexandre de Moraes neste momento é defender a democracia e as instituições democráticas.
A ação foi protocolada justamente após as declarações que Rubio deu na Câmara de Representantes (equivalente à Câmara de Deputados no Brasil) na última quarta-feira, 21.
O PT ainda lembrou que Eduardo Bolsonaro está nos EUA e disse que ele tem se reunido com parlamentares republicanos para pressionar o governo americano contra ministros do STF.