Lula diz em jantar com líderes da Câmara que tentará a reeleição em 2026
Com popularidade em baixa, petista espera boa relação com Congresso Nacional para aprovar projetos, de olho no ano que vem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou aos líderes da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira, 24, que disputará a reeleição em 2026. Para isso, o petista espera maior diálogo entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto para aprovar pautas consideradas cruciais para um melhor desempenho do governo, como a proposta que isenta de declaração de imposto de renda pessoas que ganham até 5.000 reais. Ele condicionou essa decisão, no entanto, a estar bem de saúde para a disputa (no ano que vem, ele completará 81 anos).
A declaração de Lula ocorreu em um jantar na residência oficial da presidência da Câmara, hoje ocupada por Hugo Motta (Republicanos-PB). Para pessoas próximas, Lula demonstrou animação em concorrer pela sétima vez ao cargo. Desde a redemocratização, o petista não esteve nas urnas em 2010, 2014 e 2018 por, respectivamente, impedimento constitucional de uma terceira tentativa consecutiva, apoio a Dilma Rousseff e estar preso por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato – penas derrubadas no Supremo Tribunal Federal (STF).
Com baixa popularidade, o presidente espera aprovação de projetos que possam melhorar a imagem do governo junto ao povo brasileiro, como a ampliação da isenção do IR e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.
Segundo levantamento nacional publicado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta quarta, a parcela dos brasileiros que rejeitam o governo Lula chega a 57,4%. De acordo com a pesquisa, o grupo que aprova a gestão Lula representa 39,2% do eleitorado, e outros 3,4% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder sobre o assunto. Na escala de avaliação, apenas 7,8% dos brasileiros consideram a administração federal “ótima” e outros 18,8% têm visão “boa” sobre o governo, enquanto 11,3% dos participantes veem o trabalho do petista como “ruim” e 36,7% classificam como “péssima” a condução do Planalto. Para 24,4%, Lula entrega um trabalho “regular”.