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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Lula vai retomar relações com Venezuela e deve visitar China e EUA

Anúncio foi feito pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 dez 2022, 19h27 - Publicado em 14 dez 2022, 13h44

O ministro das Relações Exteriores do governo eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Mauro Vieira, anunciou, no início da tarde desta quarta-feira, 14, que o país deverá retomar as relações com a Venezuela, rompidas pelo governo Jair Bolsonaro. O futuro chanceler também indicou que Lula deverá visitar, no início do mandato, potências como China e Estados Unidos.

“Com relação à Venezuela, o presidente me instruiu que restabelecêssemos as relações, o que faremos a partir de 1º de janeiro. Vamos enviar, num primeiro momento, um encarregado de negócios, para retomar os prédios que temos lá, residências, reabrir a embaixada, e posteriormente indicaremos um embaixador”, disse Vieira.

O governo Bolsonaro publicou, em agosto de 2019, uma portaria que determina o não reconhecimento de Nicolás Maduro como presidente venezuelano, sob a justificativa de “fraude” na sua reeleição. Com isso, o governo brasileiro fechou as portas da Embaixada em Caracas e passou a não reconhecer a representação diplomática oficial do país vizinho.

Questionado sobre se o governo irá reconhecer Juan Guaidó, o presidente autoproclamado da Venezuela, como mandatário, como fez Bolsonaro, o novo chanceler respondeu: “A embaixada ajuda o governo que está. E o governo que foi eleito que está lá é o governo do presidente Nicolás Maduro”.

Prioridades

De acordo com Mauro Vieira, a prioridade do governo Lula será levar o Brasil de volta à cena internacional. “Ele [Lula] disse que o Brasil esteve ausente, por muito tempo, e que a política que deverá ser implementada será uma política de reconstruir pontes”, afirmou o futuro chanceler.

Veja alguns dos pontos defendidos:

  • Retomada de programas de cooperação com a África
  • Reaproximação com parceiros do mundo desenvolvido: Estados Unidos, China e União Europeia, numa construção de “relação soberana”
  • Retomada da participação brasileira em fóruns internacionais que havia sido abandonada, a exemplo da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas)
  • Realização de cúpula de chefes de estado da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) na Amazônia, em cidade a ser definida
  • Articulação da realização da Conferência do Clima da ONU, a COP-30, em 2025, na Amazônia
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