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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Maduro veste boné do MST e pede ajuda para produzir alimentos na Venezuela

Durante balanço da Consulta Nacional Popular, presidente venezuelano afirmou que movimento sem-terra brasileiro é 'bem-vindo' no país

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 ago 2024, 21h45

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, posou para fotos com um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) brasileiro e elogiou o grupo durante um pronunciamento em Caracas, nesta terça-feira, 27.

Maduro recebeu o presente de integrantes da delegação do movimento que estão no país para acompanhar a 11ª Cúpula Extraordinária da Alba-TCP — a Aliança Bolivariana para os Povos da América. Os integrantes também participaram como observadores da Consulta Nacional Popular, processo de consulta realizado pelo governo junto às comunas, coletivos que reúnem moradores de um bairro ou de uma zona rural.

“Recebemos com amor o Movimento Sem Terra do Brasil. Bem-vindos”, disse Maduro, saudando a figura do líder do MST João Pedro Stédile e fazendo um pedido ao dirigente.

“Convido o MST que venham com centenas dos seus agricultores, que venham a produzir na Venezuela com sua experiência, nas comunas. MST, mande uma brigada de mil homens e mulheres do Brasil para produzir em terra venezuelana”, declarou.

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Depois de agradecer o presente, Maduro saudou o movimento brasileiro e colocou o boné na mesa em gesto simbólico para que o MST também presidisse os trabalhos do dia. Em meio à contestada eleição que renovou seu mandato, Maduro realizou no último domingo, 25, a segunda consulta de 2024 nas 4.500 comunas espalhadas pela Venezuela. Entre os temas abordados nesse processo, estão a discussão de políticas para a produção e para a infraestrutura das comunidades.

Dança das cadeiras

Também nesta terça-feira, 27, Maduro anunciou que mudará metade de seu gabinete de 30 membros, que inclui líderes militares. A decisão ocorre depois de o Superior Tribunal de Justiça ratificar a vitória do líder chavista nas eleições de 28 de julho, um resultado contestado pela oposição, grande parte da comunidade internacional e órgãos independentes.

Maduro tem argumentado que a eleição e a governança por meio de consultas junto às comunas representa o “modelo de democracia” direta e participativa que o país deseja construir. “A Venezuela tem o seu próprio modelo de democracia, estamos construindo-o. Não aceitamos imposições, intervencionismos, nem ninguém que coloque as mãos sujas no nosso querido e lindo país. A Venezuela tem poder popular”, afirmou em um programa televisivo na TV estatal.

As mudanças incluem trocas nas lideranças dos ministérios do Petróleo e das Finanças, bem como da PDVSA, principal petrolífera estatal. Anabel Pereira será a nova chefe das finanças, enquanto Hector Obregon comandará a estatal, substituindo Pedro Tellechea. Ele, por sua vez, passará a chefiar o Ministério da Indústria.

(Com Agência Brasil)

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