Derrotado no primeiro turno, Pablo Marçal (PRTB) convidou os dois postulantes à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) para uma sabatina em suas redes sociais, que ele chamou de “entrevista de emprego” para chefe do Executivo da capital paulista. Líder nas pesquisas de intenção de voto, o candidato à reeleição não aceitou o convite, mas o deputado do PSOL compareceu à live. Marçal chegou a ligar para Ricardo Nunes durante a live, mas a chamada não foi atendida.
Diante de uma audiência de quase 440.000 pessoas ao vivo apenas no YouTube oficial do coach, Boulos chamou Marçal de “cara” e acenou para os mais de 1,7 milhão de eleitores que votaram no candidato do PRTB no primeiro turno. O deputado do PSOL respondeu sobre empreendedorismo, disse que não terá “nenhum problema para trabalhar com os empresários em São Paulo”, se defendeu de denúncias sobre ser conivente a um esquema de rachadinha do deputado André Janones (Avante-MG) e se declarou cristão na parte final da conversa.
Tanto Marçal quanto Boulos concordaram que a sabatina não teve nenhum ataque. No entanto, o influenciador disse que não apoiará o deputado do PSOL, nem o atual prefeito, que, nas palavras do coach, “não deu conta de dar uma entrevista”. “Eu contaria meu voto para você se você fosse de direita. O voto é ideológico, não consigo votar nesse de ‘menos pior’”, disse o coach. “Que Deus tenha piedade de São Paulo. Você já sabe que meu voto você não tem”, concluiu Marçal, que fez a transmissão direto de Roma, na Itália, e afirmou que no embate político não haverá tanta “nobreza”.
“Não espere por isso quando a gente tiver no embate político, disputando alguma coisa, que fique claro isso. Você joga de um lado, eu jogo do outro. Não se acostume com essa nobreza”, ressaltou Marçal. “Isso eu sei perfeitamente. Aliás, se a gente levar essa metáfora para o campo do futebol, eu sou corintiano, você é são-paulino, mas o problema hoje de São Paulo é o palmeirense que está lá, sentado na cadeira”, respondeu Boulos.