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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Ministros repudiam explosões em Brasília e falam em ataque à democracia

Homem morreu após explodir bomba na Praça dos Três Poderes; membros do governo condenam o ocorrido

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2024, 11h43 - Publicado em 14 nov 2024, 11h29

Ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram que as explosões provocadas nesta quarta-feira, dia 13, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, representam ataques à democracia e condenaram o incidente. Durante a madrugada, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou que forças federais de segurança pública acompanham atentamente o caso e que a Polícia Federal está trabalhando “com rigor” para elucidar a motivação. 

Um dos primeiros a se manifestar sobre o ocorrido, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a necessidade de investigações e disse que “é essencial conter o avanço do ódio”. Já o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, citou ataques à democracia e ao povo brasileiro.

“Os ataques às instituições são ataques à democracia e ao povo brasileiro. Cada vez mais, a defesa da democracia, o combate à intolerância e à política de ódio que contaminou setores da sociedade se tornam fundamentais. Não podemos, em hipótese nenhuma, naturalizar atos antidemocráticos. Nós vamos seguir trabalhando pela reconstrução do nosso país e pela união do povo brasileiro, todos aqueles que forem contra isso, serão derrotados mais uma vez”, escreveu Pimenta nas redes sociais. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, relacionou o ato a Jair Bolsonaro e lembrou que o homem responsável pelas explosões, Francisco Wanderley Luiz, foi candidato a vereador pelo PL em 2020. O ex-presidente, porém, se filiou ao partido em 2021. “Não podemos nos esquecer do político que promoveu a campanha de ódio contra o STF”, disse. “Homem que provocou a explosão no STF foi candidato a vereador pelo partido de Jair Bolsonaro. Seria mera coincidência? Ou esse homem foi influenciado pela pregação de ódio ao STF, propagada pelo inelegível?”, questionou. 

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, também se pronunciou. “Ataques à democracia, agravados com o uso de violência, devem ser apurados com rigor. Não podemos mais tolerar atos de agressão como as explosões que aconteceram na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Seguiremos unidos para que o país siga o seu rumo e continue crescendo”, opinou. 

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Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, sugeriu que o autor não agiu sozinho. “No ataque à democracia, os lobos nunca são solitários. Há, sempre, um apito a encorajá-los. O que aconteceu ontem na Praça dos Três Poderes foi mais um sinal de alerta de que, enquanto permanecerem esses apitos, a luta democrática não permite qualquer tipo de trégua”, escreveu. 

“Repudio com veemência o ocorrido nesta noite em Brasília. É preciso investigar com rigor as explosões em frente ao STF e nas proximidades da Câmara dos Deputados, bem como reforçar que não haverá tolerância com desrespeito e ataques contra a democracia e nossas instituições”, disse Juscelino Filho, que comanda o Ministério das Comunicações. O presidente Lula ainda não se manifestou.

Entenda o caso

Francisco Wanderley Luiz morreu ao explodir uma bomba na frente do prédio do STF. Ele tinha artefatos explosivos presos ao corpo e também seria o dono do veículo que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Fogos de artifício e tijolos foram encontrados no porta-malas do carro.

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A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que Francisco tentou entrar no Supremo com os explosivos presos ao corpo, mas não conseguiu. Antes do ataque, ele deixou mensagens numa rede social em que disse que a Polícia Federal tinha 72 horas para desarmar a bomba. O homem ainda publicou uma foto dentro do plenário da Corte, tirada dias antes do ocorrido. “A raposa está no galinheiro”, anunciou.

 

 

 

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