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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Montadoras cobram Lula por proteção contra incentivo a carros chineses

Em carta, presidentes de automotivas falam em 'legado de desemprego e dependência'; governo discute benefícios à China a poucos dias do tarifaço de Trump

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jul 2025, 11h03

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma carta do setor automotivo que cobra medidas para a proteção da indústria nacional contra os incentivos à importação de carros chineses. O documento foi enviado em 15 de junho deste ano e, segundo as montadoras, ainda não foi respondido pelo governo federal.

O pomo da discórdia é um projeto, em elaboração pela Casa Civil, que pode reduzir as tarifas de importação sobre os chamados kits SKD (Semi Knocked Down) e CKD (Completely Knocked Down) — as siglas se referem ao estágio de produção em que as peças chegam ao Brasil, exigindo maior nível de montagem dos componentes nas fábricas nacionais. Na prática, o incentivo beneficiaria fabricantes chinesas, como a BYD, que compram autopeças 100% fabricadas no exterior e apenas montam os carros em solo brasileiro.

“Ao contrário do que querem fazer crer, a importação de conjuntos de partes e peças não será uma etapa de transição para um novo modelo de industrialização, reduzindo a abrangência do processo produtivo nacional e, consequentemente, o valor agregado e o nível de geração de empregos”, diz a carta. Segundo os executivos do setor automotivo, o benefício às chinesas pode resultar em um ” legado de desemprego, desequilíbrio da balança comercial e dependência tecnológica”.

O documento é assinado pelos presidentes nacionais Ciro Possobom, da Volkswagen; Evandro Maggio, da Toyota; Santiago Chamorro, da General Motors; e Emanuelle Cappellano, da Stellantis (fabricante de marcas como Citröen, Fiat e Peugeot).

Às vésperas de tarifaço, governo deve decidir sobre incentivos à China

Na próxima quarta-feira, 30, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Comex), órgão colegiado composto por onze ministérios, deve realizar uma reunião extraordinária sobre o incentivo às importações de autopeças. A proposta na mesa pode baixar as tarifas de importação dos kits SKD e CKD de 18% para 5%, no caso de carros elétricos, e de 20% para 10%, em relação aos modelos híbridos.

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No ano passado, o setor automotivo brasileiro anunciou um plano de investimentos de 180 bilhões de reais em toda a cadeia produtiva nacional nos próximos cinco anos. Segundo os executivos que assinam a carta, a aprovação de uma medida pró-montadoras chinesas pode incitar um corte de ao menos 60 bilhões de reais neste montante, além da demissão de 5.000 trabalhadores e não contratação de ao menos 10.000 funcionários.

A discussão no governo ocorre a poucos dias do prazo para entrada em vigor do tarifaço dos Estados Unidos. Conforme anunciado pelo presidente Donald Trump, todas as exportações brasileiras aos EUA serão taxadas em 50% adicionais a partir da próxima sexta-feira, 1º. Às vésperas da data-limite para a barreira, as negociações diplomáticas entre o Planalto e a Casa Branca pouco avançaram e não há, até o momento, perspectiva de um acordo comercial para evitar as tarifas.

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