MP denuncia ex-prefeito Alexandre Kalil por improbidade administrativa
Ele é acusado de exigir que agência de publicidade que tinha contrato com a prefeitura pagasse uma pesquisa sobre sua candidatura ao governo de Minas
 
                O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (sem partido) e dois ex-secretários de sua administração por improbidade administrativa. Segundo o MPMG, Kalil teria utilizado a estrutura da prefeitura para fazer promoção pessoal.
Conforme a denúncia, em fevereiro de 2021 Kalil teria exigido que uma agência de publicidade que tinha contrato com a prefeitura arcasse com os custos de uma pesquisa de opinião sobre a possibilidade de ele concorrer ao governo do estado em 2022. O custo da pesquisa era de cerca de 60 mil reais.
O MPMG afirma que esta seria uma condição imposta à agência para que o contrato fosse renovado. O pagamento teria sido feito após pressão feita pelos então secretários. O órgão afirma que houve enriquecimento ilícito e violação dos princípios da administração pública.
Kalil efetivamente deixou o cargo na prefeitura em março de 2022 e concorreu ao governo de Minas naquele ano. Ele, no entanto, foi derrotado pelo atual governador Romeu Zema (Novo), que concorria à reeleição.
O promotor Leonardo Duque Barbabella, que assina a denúncia, requereu à Justiça a decretação da inelegibilidade de todos os acusados por 14 anos, a anulação do contrato com a agência de publicidade e o ressarcimento de 103,5 milhões de reais que teriam sido pagos à empresa irregularmente, entre outras medidas.
Também foram denunciados o ex-deputado estadual Aldaclever Lopes, que presidiu a Assembleia Legislativa de Minas entre 2015 e 2019, antes de atuar como secretário de Governo da gestão Kalil; a ex-secretária de Comunicação Adriana Branco, que comanda hoje a secretaria municipal de Esporte e Lazer da gestão de Fuad Noman (PSD); e o dono da agência de publicidade, Carlos Eduardo Porto Moreno.
Outro lado
Em nota, Alexandre Kalil afirma que o contrato citado na denúncia foi herdado da gestão anterior e não teve reajuste durante sua administração. O ex-prefeito afirma ainda que o processo só existe porque ele negou a proposta de acordo de não persecução penal. “Nunca pratiquei nada de ilegal”, afirma.
 
	 
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