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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Mulher que pichou estátua pede compaixão ao STF; veja vídeo

'Nunca fiz nada ilícito na minha vida', diz Débora Rodrigues dos Santos, em mensagem enviada a ministros do Supremo

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 27 mar 2025, 10h26 - Publicado em 27 mar 2025, 10h23

Presa há mais de dois anos após ser flagrada durante os atos de depredação do dia 8 de janeiro de 2023 escrevendo a frase “Perdeu Mané” na estátua “A Justiça”, que fica em frente à sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos diz que o ato “não foi premeditado” e que não sabia do valor financeiro e histórico da escultura. “Sou uma cidadã de bem”, afirma.

A manifestação da cabeleireira, feita em vídeo durante a audiência de instrução, foi tornada pública nesta quarta-feira, 26, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar o sigilo da ação penal da qual ela é alvo. Relator da ação, Moraes votou pela condenação da cabeleireira a catorze anos de prisão pela somatória de cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.

No vídeo, Débora confirma que foi aos atos, mas diz que não imaginava que eles seriam “tão conturbado”, e ressalta não invadiu nenhum prédio público. Segundo seu relato, ela estava na praça “tirando fotos” quando um homem começou a escrever a frase na escultura, e pediu para ela terminar porque tinha a caligrafia feia.

“Eu estava tirando fotos, porque eu nunca tinha ido a Brasília e eu achei os prédios, de fato, muito bonitos, e foi por isso que eu estava lá tirando fotos. E apareceu esse indivíduo, que eu nunca vi na vida, falando isso para mim, e eu caí nessas falas dele, mas eu nunca fiz nada de ilícito na minha vida”, afirmou.

Débora pede que os ministro se compadeçam dela porque ela é mãe de dois filhos pequenos e a separação tem causado sofrimento a eles. “Eu queria pedir, assim, de todo coração, que se compadecessem de mim, porque eu sou uma mãe que nunca me afastei dos meus filhos e essa separação tem feito eles sofrer demais. E eu só queria que soubesse disso, Excelência, que isso tem feito a minha família sofrer demais. Me desculpe”, disse.

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Moraes x Fux

O voto de Moraes foi seguido pelo ministro Flávio Dino. O julgamento, no modelo virtual, foi interrompido por um pedido de vista feito pelo ministro Luiz Fux. Ele tem noventa dias para devolver o processo. Fux afirmou nesta quarta, durante o debate de apreciação da admissibilidade da denúncia contra Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, que pretende rever a dosimetria aplicada a Débora, por considerar a pena aplicada a ela muito alta. O caso de Débora tem sido usado pelos aliados de Bolsonaro para fomentar a discussão sobre penas altas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas e pedir anistia.

Moraes respondeu afirmando que não se deve esquecer que as condutas criminosas atribuídas à cabeleireira não se resumem à depredação da escultura tombada, avaliada entre dois e três milhões de reais. Moraes observou que a Polícia Federal apontou em relatório e a Procuradoria-Geral da República ratificou em denúncia que Débora chegou a Brasília no dia 7, esteve no acampamento golpista instalado em frente ao Quartel-General do Exército, que pedia intervenção militar, e participou de forma consciente da invasão à Praça dos Três Poderes.

Veja a íntegra do vídeo:

 

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