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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O dia em que o papa Francisco enfrentou a temida máfia do sul da Itália

Pontífice entra para história como o líder da Igreja Católica que excomungou os gângsters da Camorra, 'Ndrangheta e Cosa Nostra

Por Heitor Mazzoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 abr 2025, 15h21

A religião é importante no mundo dos mafiosos, que buscam pertencimento social e também o perdão pelos pecados — que não são poucos –, quando a morte é iminente. No sul da Itália, região pobre do país na comparação com os “irmãos do norte”, o catolicismo é também um dos refúgios para os que tentam escapar das garras da Camorra, ‘Ndrangheta e Cosa Nostra, os principais grupos criminosos da região.

Como nos mostram livros, filmes e relatos, a iniciação para um integrante da máfia italiana envolve a religião. No caso da calabresa ‘Ndrangheta, segura-se um santinho de São Miguel Arcanjo e se queima o papel pelas beiradas enquanto o iniciado jura lealdade ao grupo mafioso em nome de Deus.

Há relatos também de ameaças com santinhos. Uma família da região de Crotone, por exemplo, que tenta se desvencilhar do bando da Calábria, afirmou ter recebido balas de revólver enroladas em um folheto devocional.

Apesar da religiosidade — não tão praticante, mas supostamente temente –, os mafiosos se decepcionaram com papa Francisco, que morreu no último dia 21. Jorge Bergoglio simplesmente entrará para história como o papa que excomungou os criminosos que fazem parte da máfia italiana.

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Em junho de 2014, a primeira fala potente ocorreu em uma visita do pontífice à Calábria. “Aqueles que em suas vidas seguem o caminho do mal, como os mafiosos, não estão se comunicando com Deus (…), eles estão excomungados”, afirmou.

De acordo com a WikiMafia, pertencente a um grupo antimáfia da Itália, Francisco deu um duro recado aos criminosos e tomou providências. Segundo eles, “o papa não deixou que essas palavras permanecessem assim: tornou-se ativo para dar vida a uma comissão especial para estudar o fenômeno”, afirma. O grupo também lamenta que, “depois de quase 11 anos, apesar dos pedidos do pontífice, não há sinal dela”.

Em 2018, o papa Francisco voltou a falar para o mundo contra a máfia italiana. Disse que os integrantes das organizações criminosas não são cristãos, porque “carregam a morte em suas almas”. Entre os que lutam contra os criminosos, a sensação é de perda com a morte de Bergoglio. Para eles, não será fácil um outro pontífice igual.

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