Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Pandemia faz Frota adiar entrega de pedido de impeachment de Bolsonaro

Deputado ressalta que Congresso teve rotina de trabalho de alterada por causa do coronavírus e que envio do texto não tem nova data

Por André Siqueira 17 mar 2020, 08h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) decidiu adiar a entrega do processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro em razão da pandemia do novo coronavírus e da alteração na rotina de trabalho no Congresso. A previsão inicial do parlamentar era protocolar o texto na tarde desta terça-feira, 17.

    Em nota, Frota ressalta que a Congresso está mobilizado exclusivamente para debater medidas de combate à disseminação do coronavírus, e afirma que não há nova data para a entrega do texto. A VEJA, o parlamentar afirmou que “alguém precisa gritar” contra a escalada autoritária de Bolsonaro.

    “A Câmara é reformista, trabalhadora. Pensamos em um Brasil democrático. Nossa intenção é dar andamento às mais diversas pautas, mas temos um governo ameaçador jogando contra a Câmara, promovendo um discurso antidemocrático e abrindo uma crise atrás da outra. Alguém precisa gritar”, disse ele.

    O parlamentar faz uma espécie de mea culpa por ter apoiado a candidatura de Bolsonaro, classificado por ele como “louco”. “Não podemos nos render aos devaneios desse louco, que infelizmente ajudei a colocar na cadeira de presidente, acrescentou.

    De acordo com Frota, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao atentar contra “o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação”, como prevê o artigo 85 da Constituição Federal, e ao infringir o princípio da impessoalidade da administração pública ao não tratar de maneira isonômica os veículos de comunicação – neste caso, o deputado se refere aos ataques do presidente a jornalistas da Folha de S. Paulo.

    Continua após a publicidade

    Na peça, Frota afirma, também, que Bolsonaro cometeu ato de improbidade administrativa, segundo o artigo 268 do Código de Processo Penal (CPP), ao “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa” – neste caso, o CPP não prevê destituição, mas multa e detenção de um mês a um ano. “Apesar de ser um crime considerado de menor potencial ofensivo, na medida em que orientado por um médico a ficar em quarentena, ele coloca em risco a população ao não obedecer a restrição”, afirmou o deputado a VEJA.

    Desde a sua expulsão do PSL, Frota acentuou as críticas ao governo Bolsonaro. Em seus perfis nas redes sociais, são frequentes as publicações do agora tucano criticando a gestão do presidente e o que ele chama de ingerência de dois de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O parlamentar também é membro da CPMI das Fake News, e pediu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que prorrogue a duração da comissão, por alegar que tem elementos que comprovam o envolvimento de Eduardo Bolsonaro com o chamado “gabinete do ódio”, esquema de divulgação de mensagens com o intuito de atacar adversários.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.