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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

PEC da Blindagem gera revolta nas redes contra aumento da impunidade

Monitoramento do instituto Democracia em Xeque encontra quase 900 mil menções ao tema; proposta foi adiada na Câmara por falta de consenso

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 ago 2025, 11h43

A chamada  PEC da Blindagem, proposta de emenda constitucional que aumenta a proteção judicial de parlamentares federais, gerou reação massivamente negativa entre os brasileiros na internet. Um levantamento realizado pelo instituto Democracia em Xeque, que monitora o discurso político nas redes sociais, identificou mais de 875 mil interações de usuários em 24 horas sobre o tema, predominando a percepção de que o projeto blinda congressistas de investigações e contribui para a impunidade no Brasil.

Segundo o monitoramento, realizado entre quarta (26) e quinta (27), o maior volume de publicações nas redes veio de perfis do campo político progressista. A PEC foi amplamente associada a hashtags como #NãoÀImpunidade, #CongressoDaMamata, #PECdaBandidagem e #VergonhaNacional, com críticas centradas no retrocesso que o texto representa à independência do Judiciário para abrir investigações contra parlamentares. Entre opositores da medida, o discurso é de que o projeto pavimenta o caminho para que o Congresso vote a anistia a acusados de tentativa de golpe de Estado e revela uma fragilidade do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao ceder à chantagem dos deputados bolsonaristas que comandaram um motim na Casa há duas semanas.

Já os defensores da proposta, majoritariamente alinhados ao campo conservador, promoveram na web a narrativa de que a PEC seria necessária para proteger a autonomia dos parlamentares, resguardar a proteção institucional do Congresso e reagir a supostos abusos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal na investigação da trama golpista. Nestes círculos, viralizou a hashtag #AnistiaJá, associada à defesa do perdão político ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atentados de 8 de janeiro de 2023, com presença do discurso sobre “ditadura do STF” e perseguição judicial à direita.

Hashtags associadas à PEC da Blindagem entre 26 e 27 de agosto de 2025, segundo o instituto Democracia em Xeque
Hashtags associadas à PEC da Blindagem entre 26 e 27 de agosto de 2025, segundo o instituto Democracia em Xeque (Democracia em Xeque/Reprodução)

Na análise dos principais influenciadores digitais do discurso político, o levantamento detectou 77 publicações de alta circulação sobre a PEC da Blindagem por perfis progressistas, 31 por conservadores e 32 por veículos de imprensa. As críticas à proposta repercutiram com mais força no X (ex-Twitter), com 51 postagens virais sobre o tema, enquanto a defesa do projeto ganhou mais destaque no YouTube, com 12 vídeos visualizados e compartilhados em massa sobre o assunto.

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No YouTube, o monitoramento indica que 80% das publicações no período tinham caráter favorável à PEC da Blindagem e apenas 13% eram críticas à proposta, enquanto o cenário se inverte no X, com 64% dos posts vindo do campo progressista e 11% de conservadores. Já no Facebook, postagens positivas e negativas sobre o assunto empataram em 36%, ao passo que no Instagram, a rejeição ao projeto (53%) predominou sobre a aprovação (14%).

Publicações virais sobre a PEC da Blindagem nas redes sociais, segundo monitoramento do instituto Democracia em Xeque
Publicações virais sobre a PEC da Blindagem nas redes sociais, segundo monitoramento do instituto Democracia em Xeque (Democracia em Xeque/Reprodução)

O que diz a PEC da Blindagem

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 3, de 2021, popularmente apelidada de “PEC da Blindagem” ou “PEC das Prerrogativas”, amplia os casos de investigações criminais contra parlamentares que só podem ser abertas com autorização da Câmara ou do Senado, além de dificultar, na Justiça, a condenação e a imposição de medidas cautelares como prisão preventiva e tornozeleira eletrônica.

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Na prática, a PEC reduz a autonomia do Poder Judiciário para investigar e punir deputados federais e senadores, prerrogativas que hoje cabem ao STF — embora seja visto como uma pauta bolsonarista, a proposta é de interesse de parlamentares críticos ao Supremo em todo o espectro político.

Apesar do apoio pluripartidário, o texto deixou de ser votado na Câmara na última quarta-feira, 27, por falta de consenso para aprovação.

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