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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Pesquisa revela tamanho da onda de fake news sobre falsa taxação do Pix

Informações distorcidas fizeram o governo recuar de decreto que iria monitorar transações acima de R$ 5.000

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 jan 2025, 18h01

Um levantamento do Instituto Democracia em Xeque mostra que, entre os dias 7 e 14 de janeiro, 451 mil publicações sobre o Pix geraram 6,2 milhões de engajamentos. Em uma busca mais específica, de conteúdos que falavam apenas sobre a suposta taxação da modalidade de transferência instantânea de dinheiro, foram encontradas 311 mil publicações. As postagens nas redes sociais, em sua maioria, distorceram as novas regras firmadas pela Receita Federal para o monitoramento de transações financeiras a partir de 5.000 reais, dando a entender que essas operações seriam taxadas,  que não é verdade. A repercussão negativa foi tão grande que o governo revogou as mudanças no final da tarde desta quarta-feira, 15.

O estudo também mostra que o perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi o que teve mais alcance com críticas à medida. Segundo o parlamentar, a medida buscou “quebrar o sigilo bancário dos brasileiros em massa, sem autorização judicial”. Ele disse que o alvo seriam os trabalhadores informais e profissionais liberais que seriam perseguidos “pelo Fisco de Lula para pagar, com multa e juros, o imposto de renda que não declararem”. Após a divulgação de que o governo recuara na medida, Flávio comemorou nas redes. “Parabéns a todos pela vitória! Mobilização espontânea que apavorou Lula e Taxad (referência ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad)!

O segundo usuário a gerar mais engajamento pelo tema foi o vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil), seguido pelos influenciadores Daniel Scott, Laís Gomes – que não se considera adversária política de Lula, mas criticou a comunicação do governo – e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que disse que “o monitoramento do Pix pelo governo Lula vai fazer a galera usar mais dinheiro vivo” e que “o resultado será o povo voltar à informalidade para fugir do Lula e do Taxad”.

As publicações contra o governo vieram acompanhadas de “hashtags” que pedem o impedimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como #impeachmentdoLulaJá; #ForaLula; #LULALADRÃO. Outras publicações faziam alusão ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com “hashtags”, como #BolsonaroOrgulhodoBrasil; #VoltaBolsonaro e #Bolsonaro2026.

Defesa do governo

Para defender Lula, os perfis no X que tiveram mais sucesso foram Renato Souza, a própria conta da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto, o deputado federal André Janones (Avante-MG) e o vereador de Belo Horizonte Pedro Rousseff (PT), sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Em uma lista fechada com pessoas relevantes nas redes sociais dos dois campos políticos, o instituto analisou 5.315 usuários do Facebook, Instagram e YouTube. Do campo definido como “extrema direita” foram encontradas 855 publicações — 134 no Facebook, 171 no Instagram, 515  no Youtube, 26 no X, e 9 no Tiktok. Já pelos usuários do “campo progressista”, foram 846 postagens — 200 no Facebook, 239 no Instagram, 349  no Youtube, 54 no X, e 4 no Tiktok.

Ainda foram identificadas 92 postagens de usuários sobre a suposta taxação do Pix, que não se enquadram nas duas alas, e foram classificados como “outros”. Das publicações, 38 foram no Facebook, 27 no Instagram, 10  no Youtube, 11 no X, e 6 no Tiktok.

Governistas vão à Justiça

Na coletiva de imprensa para tratar sobre o assunto e recuar na publicação do decreto, o ministro Fernando Haddad não citou nomes, mas mencionou um senador e um deputado federal, ao falar da responsabilização dos propagadores de notícias falsas que terão, segundo o ministro, de “responder pelo que fizeram” . Já o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que vai acionar a Polícia Federal.

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“Em razão desses crimes e golpes, determinamos que a AGU ainda hoje notifique a PF para a abertura de inquérito. Para investigar os autores da desordem da informação. É crime contra a economia popular. Estamos notificando também a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor”, disse.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) anunciou nas redes sociais que entrou nesta quarta-feira, 15, com uma ação judicial contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) “pelas fake news que espalhou sobre o Pix”.

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