Nem só de boas notícias ao bolsonarismo vive a Procuradoria-Geral da República (PGR) sob Augusto Aras. Nesta quarta-feira, 14, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de uma investigação sobre a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
O inquérito apurava se a deputada havia deixado de informar à Justiça Eleitoral na eleição de 2018 serviços supostamente prestados à sua campanha por influenciadores digitais. Naquele ano, Gleisi foi eleita à Câmara dos Deputados. Os influenciadores, que faziam elogios nas redes sociais a alguns candidatos do PT, incluindo Gleisi, foram contratados por uma empresa de Miguel Correa, candidato ao Senado pelo PT em Minas Gerais naquele ano.
Para a PGR, no entanto, não há “indícios mínimos” de que a presidente do PT sequer soubesse das contratações, motivo pelo qual a investigação deve ser arquivada.
“Considerando-se que, na realidade fática, não há, ao menos nesse momento, indícios mínimos para se afirmar que a representada Gleisi Hoffmann tenha atuado na contratação das empresas, definido pautas de publicações em mídias sociais, pago por esses serviços, tampouco tenha tomado ciência sobre sua realização, não há como afirmar que esta omitiu declaração de doação de bem estimável em dinheiro em sua prestação de contas”, defendeu a PGR.
A manifestação de Lindôra será analisada pelo ministro Luiz Fux, que substituiu Rosa Weber na relatoria depois que ela assumiu a presidência do Supremo.