PM afasta policial que matou por engano homem que saía do trabalho
Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi atingido na cabeça por policial militar em Parelheiros, São Paulo, e morreu na hora

Um homem negro de 26 anos foi morto com um tiro na cabeça na última sexta-feira, 4, por engano de um policial militar que havia sido abordado por ladrões instantes antes na estrada ecoturística de Parelheiros, na zona sul de São Paulo.
Guilherme Dias Santos Ferreira havia saído do trabalho perto das 22:30, após fazer hora extra, e seguia para um ponto de ônibus com um colega quando um policial que estava em uma moto atirou contra ele. A bala atingiu a cabeça do jovem, que morreu no local.
No boletim de ocorrência, o policial Fabio Anderson Pereira de Almeida, 35, indicou que teria sido abordado instantes antes por criminosos, também em motocicletas, na região e havia começado a atirar para escapar da abordagem. Quando ele viu Guilherme Ferreira se aproximar, realizou mais um disparo, acreditando ser um dos bandidos.
Junto do corpo de jovem, que era marceneiro e trabalhava em uma fábrica de camas, foram encontrados celular, carteira, uma Bíblia, um recipiente de marmita e remédios. A esposa nega que ele tenha relação com o crime.
O policial foi preso em flagrante por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) ainda na noite da sexta, mas pagou fiança de 6.500 reais e deve responder ao inquérito em liberdade, de acordando com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ele foi afastado das atividades operacionais. As investigações estão sendo conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e acompanhadas pela PM.